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Adaptação psicologica à lesão vértebro-medular traumática

  • Autores: Ana de Fátima Ribas Teixeira
  • Directores de la Tesis: Juan Jesús Gestal Otero (dir. tes.)
  • Lectura: En la Universidade de Santiago de Compostela ( España ) en 2016
  • Idioma: portugués
  • Tribunal Calificador de la Tesis: Adolfo Figueiras Guzmán (presid.), Francisco Caamaño Isorna (secret.), Xosé Luis López-Álvarez Muiño (voc.), Claudia Patricia de Campos Ribeiro (voc.), Antonio Silva Santos (voc.)
  • Materias:
  • Texto completo no disponible (Saber más ...)
  • Resumen
    • Adaptação Psicológica à Lesão Vértebro-Medular Traumática: Ribas Teixeira, Ana.

      Orientador: Prof. Doutor Juan Jesús Gestal Otero. Tese de Doutoramento em Saúde Pública. Área de Medicina Preventiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina.

      Universidade de Santiago de Compostela. 2015.

      RESUMO A lesão vértebro-medular (LVM) traumática é uma realidade no nosso país, com impacto significativo na saúde pública da população portuguesa. O presente estudo tem como objectivo investigar o processo de adaptação psicossocial, a morbilidade psicológica e a qualidade de vida (QdV) em sujeitos diagnosticados com este quadro clínico em Portugal.

      A recolha da amostra teve lugar em todo o território nacional português, em instituições de saúde e associações de solidariedade social, e incluiu 168 sujeitos adultos, vítimas LVM traumática.

      Importou para os desígnios deste estudo, numa primeira fase, identificar as estratégias de coping, a presença de sintomatologia ansiosa e depressiva, a percepção da QdV, bem como perceber como estas variáveis se distribuem em função dos dados sociodemográficos e clínicos da amostra. Procurámos, em seguida, ao conceptualizar um modelo teórico da adaptação psicológica à lesão medular, perceber as correlações existentes entre as diferentes variáveis. Para tal, tivemos em conta a importância do papel do coping enquanto variável central no processo de adaptação, e o facto de a morbilidade psicológica e percepção da QdV serem indicadores de eficácia deste processo.

      Para a recolha dos dados, optou-se pelo recurso ao brief COPE (Coping Orientations to Problems Experienced Scale), ao HADS (Hospital Anxiety and Depression Scale) e ao WHOQOL-100 (World Health Organization Quality of Life), instrumentos validados para a população portuguesa e com uso corrente em estudos no contexto da saúde.

      Os resultados deste estudo sugerem que algumas das variáveis sociodemográficas e clínicas estudadas estão associadas ao recurso a diferentes estratégias de coping, à morbilidade psicológica e à QdV dos sujeitos com LVM traumática.

      Observa-se que os participantes recorrem, com mais frequência, às estratégias de coping activo, aceitação e planear e adoptam, significativamente menos, estratégias como o desinvestimento comportamental e o uso de substâncias.

      Encontram-se valores clinicamente sugestivos, ou indicativos, da presença de perturbação numa percentagem que varia entre os 26,79 e os 73,81% dos participantes relativamente à ansiedade, e entre os 20,84 e os 71,44% no que se refere à depressão, considerando para o efeito, e respectivamente, os pontos de corte de 11 e 8 do HADS.

      Maiores níveis de distress emocional, com sintomas de ansiedade ou depressão, estão correlacionados com o recurso às estratégias de coping, auto-culpabilização, negação, expressão de sentimentos e desinvestimento comportamental. Por outro lado, o coping activo, a reinterpretação positiva, a aceitação e o humor estão relacionados com uma menor incidência desses sintomas. A expressão de sentimentos e a negação são preditores significativos da ansiedade e a reinterpretação positiva é preditor da depressão.

      A percepção de QdV geral atinge, para esta população, uma média de 57,22, observando-se o valor médio mais elevado (M=64,03) no domínio psicológico e o menos valor médio no domínio da independência (M=49,73). Constatam-se correlações fortes e positivas entre a QdV geral e as estratégias de coping activo, reinterpretação positiva, aceitação e humor; negativas moderadas quando são utilizados o suporte emocional e a religião; fortemente negativa nos casos de auto-culpabilização, expressão de sentimento, negação e desinvestimento comportamental. A reinterpretação positiva, a negação e o humor são preditores significativos da QdV global.

      A presença de sintomatologia ansiosa e depressiva relaciona-se de forma negativa com a percepção de QdV dos sujeitos com LVM traumática, em diferentes domínios.

      Os resultados deste estudo evidenciam a importância dos factores contextuais e do recurso a diferentes estratégias de coping no ajustamento psicológico à LVM traumática, bem como a relação destas variáveis com a saúde mental e QdV dos sujeitos. As conclusões revelam a necessidade de intervenções multidisciplinares e políticas de saúde pública alternativas, mais positivas e inclusivas, das condições de incapacidade ou deficiência em Portugal.

      Palavras-chave: Lesão vértebro-medular traumática, coping, ansiedade e depressão, qualidade de vida


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