Violência contra estudantes mulheres na graduação e pós-graduação: questões de gênero no contexto universitário

• Daniele de Andrade Ferrazza ^[1] ; Mariana Silva Basso ^[1]
  1. [1] Universidade Estadual de Maringá

     Universidade Estadual de Maringá

     Brasil

     
• Localización: Perspectivas en Psicología, ISSN-e 1853-8800, ISSN 1668-7175, Vol. 21, Nº. 1, 2024, págs. 67-89
• Idioma: portugués
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  • English

    This research aims to map situations of gender violence against female undergraduate and graduate students in a Brazilian public university. For this, emails were sent with the invitation so thatuniversity students could answer an electronic questionnaire about having witnessed and/ or experienced situations of gender violence at the university, which resulted in 67 responses. The main forms of violence cited were: harassment, forced kiss, verbalaggression for gender reasons, pickup line with sexual content, sexually inappropriate invitation, sending images without permission and exchanges of favors. The research shows the occurrence of violence perpetrated by male colleagues and teachers, illustrating the reverberations of sexist and patriarchal discourses and practices of Brazilian society. Thus, the university is not immune to gender inequality and needs to foster new discussions on the subject to combat and confront violence against women.

  • português

    A presente pesquisa tem o objetivo de mapear situações de violência de gênero contra mulheres graduandas e pós-graduandas em uma universidade pública brasileira. Para isso, foram enviados e-mails com o convite para que universitárias pudessem responder um questionário eletrônico sobre terem presenciado e/ou vivenciado situações de violência de gênero na universidade, o que resultou em 67 respostas. As principais formas de violências citadas foram: assédio, beijo à força, agressão verbal por questões de gênero, cantadas de teor sexual, convite sexualmente inapropriado, envio de imagens sem permissão e trocas de favores. A pesquisa mostra a ocorrência de violência perpetrada por colegas e professores homens, ilustrando as reverberações dos discursos e práticas machistas e patriarcais da sociedade brasileira. Desse modo, a universidade não está imune à desigualdade de gênero e precisa potencializar novas discussões acerca do tema para o combate e enfrentamento da violência contra mulheres.