Brasil
Si entendemos los límites existentes entre las culturas como hechos culturales fluidos y abiertos al cambio a través de la reconstrucción en la interacción, los límites culturales que habitamos se convierten en terreno fértil para la terapia reflexiva. En tal proceso, la capacidad de vernos a nosotros mismos a través de los demás encarna las dimensiones interculturales-ético-sociales que nos constituyen, no como un mero contexto para una forma de terapia supuestamente universal y abstracta, sino como el texto necesario de una versión encarnada de la terapia, arraigada en cada situación. Una terapia de esta naturaleza puede, sin embargo, jugar un papel social decisivo, en una época que nos insta a vivir sin pensar en lo que vivimos y que tiende a reducir los servicios sociales a formas ciegamente ideológicas y burocratizadoras de la tecnología del control social.
* Publicado por primera vez en el número 11 de 1998 de la revista Nova Perspectiva Sistêmica.
If we understand boundaries between cultures as cultural events, fluid and open to change through reconstruction in interaction, the cultural borderlands we inhabit become a fertile ground for a reflexive therapy. In such a process the ability to see ourselves through the others incorporates the cross-cultural ethnic-social dimensions we are made of, not as a mere context for a supposedly universal and abstract form of therapy, but as a necessary text of a situated and embodied version of it. Such a therapy has also a critical role to play in times that invite to live unexamined lives and to reduce social services to blindly ideological and bureaucratized forms of social engineering.
* First published in issue no. 11 of 1998 of Nova Perspectiva Sistêmica Journal.
Se entendemos as fronteiras existentes entre as culturas como fatos culturais fluidos e abertos à mudança através da reconstrução na interação, as fronteiras culturais em que habitamos se transformam em solo fértil para uma terapia reflexiva. Em tal processo, a habilidade de nos enxergarmos através dos outros incorpora as dimensões intercultural-ético-sociais que nos constituem, não como um mero contexto para uma forma supostamente universal e abstrata de terapia, mas como o texto necessário de uma versão encarnada da terapia, enraizada em cada situação. Uma terapia dessa índole pode desempenhar assim mesmo um papel social decisivo em uma época que nos insta a viver sem pensar no que vivemos e que tende a reduzir os serviços sociais a formas cegamente ideológicas e burocratizadas da tecnologia de controle social.
* Publicado pela primeira vez na edição n. 11 de 1998 da Nova Perspectiva Sistêmica.
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