Políticas habitacionais e modernização autoritária nas ditaduras do Brasil e da Argentina (1964-1973)

• Oliveira, Samuel Silva Rodrigues de ^[1] ; Gomes, Gabriela ^[2]
  1. [1] Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ), Programa de Pós-Graduação em Relações Étnico-Raciais (CEFET-RJ/PPRER)
  2. [2] Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET),Universidad de Buenos Aires (UBA),Universidad Nacional de General Sarmiento (UNGS)
• Localización: Esboços: histórias em contextos globais, ISSN-e 2175-7976, Vol. 28, Nº. 47, 2021, págs. 38-58
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • Housing policies and conservative modernization in the dictatorships of Brazil and Argentina (1964-1973)
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• Resumen
  • English

    This article compares the housing policies of the civil-military dictatorships in Argentina and Brazil. Through legislation, reports and government statistics, it brings an understanding on how dictatorships formed their housing policies in the context of coups d’état and the Cold War, as well as the class interests that mediated the construction of public policies. Dictatorships are usually addressed through a national analytical perspective, without considering the circulation of practices and representations on a transnational scale. The intervention in poverty and urban informality landscapes in Latin America (favelas in Brazil and villas miseria in Argentina) circulated a set of housing policies that marked the authoritarian modernization of these countries and helped to build the legitimacy of military governments, creating an expectation of economic growth, urban reform and the “dream of home ownership” for part of the population.

  • português

    O artigo realiza uma comparação entre as políticas habitacionais das ditaduras civil-militares da Argentina e do Brasil. Por intermédio da legislação, de relatórios e de estatísticas dos governos, compreende como as ditaduras formaram suas políticas habitacionais no contexto dos golpes de estado e da Guerra Fria, bem como os interesses de classe que mediaram a construção da política pública. As ditaduras são normalmente abordadas em recortes analíticos nacionais, sem considerar a circulação de práticas e representações em escala transnacional. A intervenção em cenários de pobreza e informalidade urbana da América Latina (nas favelas brasileiras e villas miseria argentinas) fez circular um conjunto de políticas habitacionais que marcaram a modernização autoritária desses países e ajudou a construira legitimidade dos governos militares, criando a expectativa de crescimento econômico, de reforma urbana e do “sonho da casa própria” para parcela da população.