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Huellas de destrucción

    1. [1] Princeton University

      Princeton University

      Estados Unidos

  • Localización: Cuadernos de Música, Artes Visuales y Artes Escénicas, ISSN-e 2215-9959, Vol. 16, Nº. 1, 2021, págs. 250-271
  • Idioma: español
  • Títulos paralelos:
    • Rastros de Destruição
    • Traces of Destruction
  • Enlaces
  • Resumen
    • español

      En este trabajo presento la relación entre destrucción y huella para indagar cómo se puede reconstruir materialmente aquello que ha sido destruido. Analizo la obra visual Stellar (2015), del artista peruano Giancarlo Scaglia, y la película Nostalgia de la luz (2010), del director chileno Patricio Guzmán, para proponer cómo ambos artefactos plantean la destrucción como la producción de otras materialidades (en forma de huellas) capaces de dar trazos sobre su previa forma y hacer factible un tipo de sentido político que la totalidad material no hace posible. Para ello, encuentro en estos artefactos diferentes tecnologías de mediación que interrogan la legibilidad de las huellas. Stellar utiliza la técnica del frottage como modo de hacer presente la ausencia por medio del calco y revela en su materialidad vestigios de un evento del pasado y las dificultades que limitan su memorialización. Nostalgia de la luz, en cambio, propone tanto un entrenamiento visual sobre cómo leer las fisuras de la destrucción material, resultado de políticas estatales de borramiento, como una sofisticada revisión sobre las complejidades de las políticas de archivación de huesos humanos como formas de violencia que configuran otras huellas a ser leídas. De esta manera, los dos objetos que estudio en este artículo me permiten plantear formas de entender la destrucción como un proceso del cual solo podemos leer mediados por huellas. Las huellas de destrucción no solo permiten reconstruir una historia, sino que revitalizan una memoria que resiste a pesar de su borradura ligada a políticas estatales de la desmemoria. Leer las huellas de la destrucción significa invertir los procedimientos de la desmemoria política, aunque ello no implique resolver un conflicto del pasado o cerrar el duelo, sino más bien la posibilidad de recordar pese a todo.

    • English

      In this paper, I present the relationship between destruction and traces in order to investigate how it is possible to materially reconstruct that which has been destroyed. I analyze the visual work Stellar (2015), by Peruvian artist Giancarlo Scaglia, and the film Nostalgia de la Luz (2010), by Chilean director Patricio Guzmán, to show how both artifacts propose destruction as the production of other materialities (in the form of traces) capable of giving hints about their previous form and make feasible a type of political sense that the material totality does not allow. To this end, I find in these artifacts different mediation technologies that question the legibility of the traces. Stellar uses the technique of frottage as a way of making absence present by means of tracing and reveals in its materiality the vestiges of an event of the past and the difficulties that limit its memorialization. Nostalgia de la Luz, on the other hand, proposes both a visual training on how to read the fissures of material destruction, the result of state policies of erasure, and a sophisticated review of the complexities of the policies of archiving human bones as forms of violence that configure other traces to be read. In this way, the two objects I study in this paper allow me to propose ways of understanding destruction as a process that we can only read about through traces. The traces of destruction not only allow us to reconstruct a story, but also revitalize a memory that resists despite its erasure linked to state policies of oblivion. Reading the traces of destruction means reversing the procedures of political dismemberment, even if this does not imply resolving a past conflict or putting an end to mourning, but rather the possibility of remembering in spite of everything.

    • português

      Neste trabalho, apresento a relação entre destruição e rastro para indagar como aquilo que foi destruído pode ser reconstruído materialmente. Analiso a obra visual Stellar (2015), do artista peruano Giancarlo Scaglia, e o filme Nostalgia de la luz(2010), do diretor chileno Patricio Guzmán, para propor como ambos os artefatos su-gerem a destruição como a produção de outras materialidades (na forma de rastros) capazes de dar sinais sobre a sua forma anterior e possibilitar um tipo de sentido político que a totalidade material não torna possível. Para isso, encontro nesses arte-fatos diferentes tecnologias de mediação que questionam a legibilidade dos rastros. Stellar utiliza a técnica do frottage como forma de tornar presente a ausência por meio do traçado e revela, em sua materialidade, vestígios de um acontecimento do passado e as dificuldades que limitam sua memorização. Nostalgia de la luz, pelo contrário, propõe tanto um treinamento visual sobre como ler as fissuras da des-truição material, fruto das políticas estatais de apagamento, quanto uma revisão so-fisticada sobre as complexidades das políticas de arquivamento de ossos humanos como formas de violência que configuram outros rastros a serem lidos. Desse modo, os dois objetos que estudo neste artigo me permitem propor maneiras de entender a destruição como um processo do qual só podemos ler mediados pelos rastros. Os rastros de destruição não só nos permitem reconstruir uma história, mas também revitalizar uma memória que resiste apesar do seu apagamento ligado às políticas estatais de esquecimento. Ler os rastros da destruição significa inverter os procedi-mentos do esquecimento político, embora isso não implique resolver um conflito do passado ou encerrar o duelo, mas, sim, a possibilidade de lembrar apesar de tudo. Ler os vestígios da destruição significa inverter os procedimentos do esquecimento político, embora isso não implique resolver um conflito do passado ou encerrar o luto, mas, sim, a possibilidade de lembrar apesar de tudo


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