A inquietação com a prosperidade e com o progresso pode ser entendida como uma das primeiras e mais essenciais preocupações dos ideais liberalistas. Com a chegada das inovações tecnológicas do final do século XIX, assim como nos problemas que seu decorrer veio a apresentar, a manutenção da ordem e de uma vida sem os males sociais, bem como o status, apenas mostrou-se mais almejada pela sociedade durante esse período. Já no início do século XX, em decorrência de uma cadeia de mudanças globais, iremos ver uma serie de transformações que também tangenciarão os hábitos diários da população, típicas do fetichismo capitalista. E nesse cenário a Manaus da virada do século XIX para o XX não fugirá a esta regra! Esse “espírito alegre de vida parisiense” contagiará os modos e os costumes dos que viviam esses “novos ares”. E isso há de ser materializado! Esta pesquisa tem a ver com a imaterializarão desses hábitos nas louças brancas. Pretende-se, através das louças brancas da Manaus da Belle Époque apresentar as expressões de um costume de época impresso nas mesmas, e também relacioná-las com o período histórico em que foram cingidas e forjadas. Ao tentar perceber como desempenhavam um papel importante na sociedade, ancoradas pelo significado simbólico, e quais as dinamicidades estavam envolvidas entre consumo e sociedade.
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