Neste artigo, estudaremos o ensaio intitulado Contre l’obscurité, publicado na Revue Blanch em 1896, por Marcel Proust. Nele o escritor francês critica o Simbolismo, uma tendência literária de sua época. Segundo Proust, a obscuridade empreendida pelos jovens poetas simbolistas seria uma perspectiva muito objetiva da poesia, como se a sua espinha dorsal se nutrisse por enigmas linguísticos, portanto, sistemática e fechada. Assim, ele defende outro tipo de obscuridade, no sentido de uma poesia sentimental, possível através da união entre linguagem e pensamento, arte e memória. Para analisar os postulados proustianos, em particular a ideia de tipos diferentes de obscuridade, nós optamos por um diálogo com importantes críticos que se empenharam em compreender a poesia moderna, como Hugo Friedrich, Estrutura da Lírica Moderna, e Alfonso Berardinelli, em Da Poesia à Prosa.
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