O ofício ceramista é uma das atividades mais complexas entre os povos do mundo. Dominar a manipulação da argila envolveu, durante milênios, elementos técnicos que estão presentes nas histórias e memórias das sociedades. Este artigo apresenta algumas reflexões sobre a pesquisa Um saber ancestral: documentação e extroversão da produção ceramista artesanal na comunidade quilombola de Itamatatiua, Alcântara – MA. Por meio de uma abordagem colaborativa com as ceramistas artesãs e sob o viés da etnografia arqueológica, enfocamos uma variedade de temas, como o modo de fazer cerâmica, a temporalidade do ofício, o domínio das técnicas, a cadeia operatória da produção artefatual, a territorialidade, a memória, as narrativas históricas e a identidade deste grupo quilombola. Neste artigo serão apresentados alguns resultados relacionados ao fazer cerâmico, que consideramos como um dos principais bens culturais do Maranhão que necessita ser conhecido, divulgado e salvaguardado.
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