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France: l’éducation à l’épreuve du genre, ou la bataille du Genre

  • Autores: Arlette Zilberg
  • Localización: Exedra: Revista Científica, ISSN-e 1646-9526, Nº. Extra 1, 2014 (Ejemplar dedicado a: Sexualidade, Género e Educação), págs. 19-24
  • Idioma: francés
  • Enlaces
  • Resumen
    • français

      Sous la pression des mouvements féministes, les gouvernements français successifs ont mis en place des politiques publiques concernant les femmes, mais sans y intégrer la dimension des rapports sociaux de sexe. L’émergence des études de genre et l’élection de Mr François Hollande en 2012 ont permis une réorientation des politiques publiques. Le gouvernement affirme sa volonté de mettre au cœur des politiques publiques et notamment au cœur de l’Education,le genre et l’égalité entre les femmes et les hommes. L’opposition politique s’est alors emparée de la confusion sémiologique entre genre, sexe, sexualité, égalité, identité, nature et culture, pour mobiliser. Des centaines de milliers de personnes ont manifesté leur opposition à l’enseignement de la « théorie du genre ». L’acceptation d’une libéralisation des mœurs et des sexualités actée par la loi sur le mariage homosexuel votée en mai 2013, s’accompagnerait-elle d’un refus d’une éducation à l’égalité dans les rapports entre les filles et les garçons? Le genre peut-il effacer le sexe? L’analyse des polemiques autour des différents aspects de l’éducation à la sexualité montrera que les divergences dans la société française sont bien plus complexes que le clivage gauche-droite. Elle révèlera aussi des désaccords entre les mouvements LGBTQ et féministes.

    • português

      Sob pressão dos movimentos feministas, os sucessivos governos franceses implementaram políticas públicas relativamente às mulheres, mas sem nelas integrar a dimensão das relações sociais de género. A emergência dos estudos de género e a eleição de François Hollande, em 2012, permitiram uma reorientação das políticas públicas. O governo afirma a sua vontade de colocar o género e a igualdade entre mulheres e homens no coração das políticas públicas, especialmente no coração da educação. A oposição política tem-se, assim, suportado na confusão semiológica entre género, sexo, sexualidade, igualdade, identidade, natureza e cultura, para mobilizar. Centenas de milhares de pessoas manifestaram a sua oposição ao ensino da "teoria de género". A aceitação de uma liberalização dos costumes e da sexualidade, registada pela lei sobre o casamento homossexual, aprovada em maio de 2013, será acompanhada da recusa de uma educação para a igualdade nas relações entre raparigas e rapazes? O género pode apagar o sexo? A análise das polémicas em torno dos diferentes aspetos da educação em sexualidade, mostrará que as divergências na sociedade francesa são bem mais complexas que a clivagem esquerda-direita.

      Revelará, também, desacordos entre os movimentos LGBTQ e feministas.


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