Brasil
A proposta que apresento neste artigo é a de pensar a prática da arquitetura e do urbanismo a partir da fenomenologia, tanto a essência do ofício como o modo como é colocado em prática. Apresento o habitar heideggeriano como a noção que congrega a matéria-prima da arquitetura e do urbanismo: a experiência primária dos seres humanos (n)dos espaços. São esforços que contribuem para o desvelamento de novos caminhos a serem explorados, discutidos e praticados no âmbito dessa disciplina. Acredito que abordagem fenomenológica vai ao encontro do trabalho da arquitetura e do urbanismo, que se empenham – ou deveriam fazê-lo – em trazer para a materialidade também a dimensão existencial humana, em uma relação recíproca, em que esta é expressa pela materialidade construída que, por sua vez, tocará a primeira. Justamente por sua preocupação em aproximar-se do mundo-vivido, a fenomenologia é uma abordagem coerente para o propósito de se fazer arquitetura e urbanismo.
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