Em um contexto contemporâneo do surgimento de pedidos de intervenção militar, este artigo tem como objetivo apresentar a experiência de um coletivo de artistas urbanos que, por meio do mapeamento de 35 lugares públicos de homenagem aos ditadores brasileiros, procurou trabalhar artisticamente a questão do direito à memória, no Estado do Ceará (Brasil). Por meio de intervenções estéticas, voltadas para a reflexão acerca da herança repressora da ditadura militar e da produção de novos sentidos de memórias, analisamos três instalações urbanas realizadas pelos “Aparecidos Políticos”, no ano de 2015. Nesse contexto, buscou-se problematizar que a inexistência de uma justiça de transição – seja na manutenção oficial de homenagem a torturadores, seja na falta de implementação de políticas públicas em memória – propicia a permanência de uma cultura política autoritária.
In a context of a emergence requests to a military intervention, this paper envisage to present the experience of a group, by mapping public places which honor brazilians dictators, who tried to work in a artistic way the question of the memory. By using esthetics intervention, focused on a reflexion about the heritage repressive of the brazilian dictatorship and the production of new meaning of memories, we analyse three urban art produced by the “Aparecidos Políticos”. The absence of a transicional justice keeps alive a authoritian political culture.
© 2001-2025 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados