Este artigo defende a hipótese de que alguns dos livros de História do Brasil mais usados atualmente se baseiam em um modelo narrativo esboçado pela imaginação historiográfica do século XIX. Ao longo do texto, esse modelo é chamado de estrutura narrativa oitocentista. Através de uma análise comparativa entre a obra “História Geral do Brasil antes da sua separação e independência de Portugal”, escrita por Francisco Adolfo Varnhagen, entre 1854-7, e livros didáticos de História recomendados pelo MEC em 2006, procura-se mostrar como esse construto intelectual do século XIX permanece de maneira hegemônica, ubíqua e pouco problematizada em livros contemporâneos.
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