Brasil
O artigo trata do velho problema da dupla jornada, focalizando em especial o trabalho em tempo parcial feminino utilizado em diversos países europeus por conveniência das empresas, mas também, por falta de outras alternativas, para facilitar a conciliação entre vida familiar e profissional - em geral ainda considerado um problema exclusivo da mulher trabalhadora. As questões de gênero são examinadas em articulação com o panorama atual do mundo do trabalho, o qual, embora com diferenças de intensidade, penaliza homens e mulheres cujas necessidades quase sempre se contrapõem aos interesses de valorização do capital. A partir de referências bibliográficas e entrevistas realizadas junto às Universidades de Milão (Bicocca), Nápoli e Calábria, além de sindicalistas da CGIL1, tenta-se apresentar algumas características da realidade italiana, país com um intenso histórico de debate a respeito da equidade de gênero, e hoje imerso em profunda crise e retrocesso de conquistas.
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