Neste artigo pretendemos contribuir com o debate sobre a condução das políticas hídricas voltadas ao Semiárido brasileiro, especialmente, nas ações voltadas à universalização do acesso à água para as famílias que vivem em condições de extrema pobreza no Semiárido Brasileiro. Nossas considerações partem da premissa de que a água, como elemento condicionante fundamental da vida humana no planeta, é um direito humano, e portanto, deve ser garantido a partir de políticas públicas universais, que garantam o acesso às populações rurais. Nosso principal argumento é que a questão ambiental no Brasil, e de modo específico, a questão do acesso e uso da água pelas populações do Semiárido Brasileiro, está intrinsecamente ligada ao aprofundamento das relações capitalistas de produção na condução de uma política hídrica que prioriza a privatização da água e legitima o valor econômico de um elemento natural indispensável à vida.
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