O câncer de pele não-melanoma é a neoplasia maligna mais comum no Brasil. Seu subtipo menos frequente, o carcinoma espinocelular (CEC), pode ser agressivo, mas, na maioria das vezes, é completamente curado por medidas terapêuticas locais. Relatamos o caso de uma mulher de 75 anos que apresentava lesão de 2,5 cm em dorso da mão esquerda diagnosticada como CEC bem diferenciado. Foi submetida à ressecção da lesão com margem cirúrgica de 1,5 cm. Após 75 dias da cirurgia, paciente retornou com linfadenomegalia axilar esquerda. Foi realizada biópsia, que conclui tratar-se de CEC bem diferenciado metastático. O tratamento proposto foi linfadenectomia axilar com radioterapia adjuvante. Paciente evoluiu com recidiva axilar ulcerada e dor intensa, sendo realizada ressecção ampliada da lesão. Foi proposto à paciente desarticulação interescapulotorácica e a paciente concordou com a realização do procedimento. Atualmente, encontra-se em controle ambulatorial, sem sinais de recidiva ou metástases à distância. O caso clínico mostra uma evolução atípica de um CEC bem diferenciado, com lesão primária em dorso da mão esquerda e metástase linfonodal axilar precoce, com comprometimento da qualidade de vida. Optamos pela desarticulação interescapulotorácica devido à presença de um tumor localmente avançado, a não funcionalidade do membro, a possibilidade de melhor higienização local e a ausência de metástases em outros sítios.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados