Brasil
O testemunho ganha estatuto epistêmico justamente pela sua indispensabilidade. Uma tese amplamente difundida, reacendendo forte interesse entre a classe dos atuais epistemólogos, é a de que o testemunho é uma fonte de crenças penetrante e natural, no qual muitas das crenças nele fundamentadas constituem conhecimento e estão justificadas. Desse modo, face à relevância do estatuto epistêmico do testemunho, este artigo propõe, sob tríplice aspecto: i) mostrar a origem do cenário histórico a partir do qual permeiam os debates contemporâneos da epistemologia do testemunho; ii) apresentar as principais teses de discussões sob as quais versam as explicações sobre as condições em que a crença testemunhal pode ser qualificada como fonte básica de justificação; iii) propor um contraponto ao reducionismo, argumentando que o antirreducionismo é compatível com a concepção de monitoramento proposta por Elizabeth Fricker como condição para a justificação. Consequentemente, mediante a plausibilidade do argumento, pretende-se oferecer uma defesa a favor da tese antirreducionista.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados