O texto analisa alguns artigos publicados por Joaquim Nabuco no periódico O Paiz, nos meses finais de 1887, momento em que a imprensa do Rio de Janeiro conferiu grande atenção às fugas em massa de escravos de algumas fazendas de São Paulo e à atuação dos abolicionistas, tanto em São Paulo quanto em Campos. Joaquim Nabuco se utilizou do jornal O Paiz como uma tribuna política, através da qual questionou a caracterização da fuga de escravos como uma “insurreição” e exaltou a coragem dos escravos, qualificando suas fugas como “êxodo dos escravos”. Além disso, declarou que o “abolicionismo ativo” deveria se alastrar, seguindo o exemplo da atuação de Antônio Bento, em São Paulo, e de Carlos de Lacerda, em Campos. O artigo Procura problematizar tanto a imagem cristalizada pela historiografia de que Joaquim Nabuco compartilhava do “medo branco” da “onda negra” quanto a divisão do abolicionismo em duas alas estanques: uma “moderada” e outra “radical”.
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