Este artigo tem por objetivo explorar a maneira como o dramaturgo Ariano Suassuna constrói, por meio de sua produção teatral e de artigos publicados no periódico recifense Jornal da Semana, entre 1972 e 1974, certa memória familiar. O intuito é de apontar a forma como suas peças estão inseridas não só em um campo teatral emergente de Recife, mas também em uma disputa política e simbólica entre famílias da elite paraibana e pernambucana. O assassinato de seu pai, tal como as represálias que seus parentes sofreram nos anos 30, inserem o dramaturgo em um campo de disputa pela identidade de sua família em relação aos seus adversários. A lógica privada da briga de família pode ser reconhecida nas opções artísticas assumidas pelo escritor, mesmo depois da aparente resolução da �intriga� que envolveu os Suassuna, Dantas e Pessoa pelo controle do Estado da Paraíba em 1930.
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