Traz um conjunto variado de ensaios representativos das atuais - e diversas - tendências historiográficas a respeito dos discursos e das práticas sociais que, em diferentes cenários latino-americanos e caribenhos, organizaram-se em torno de questões relativas à saúde e à doença. A intenção é pôr em evidência aspectos relevantes da experiência histórica dos países quanto a ações individuais e coletivas relacionadas à manutenção e à restauração da saúde, bem como ao cuidado, ao controle e à cura das doenças. A preferência pelo local e pelo específico não visa à mitificação das práticas culturais, pois, nas abordagens aqui desenvolvidas, os eventos históricos alcançam significado num quadro de referência mais amplo. Assim, os temas da saúde e da doença se entrelaçam com outras realidades coetâneas: penetração e avanço de formas capitalistas, mudanças do perfil demográfico e acelerada urbanização, formação material e simbólica dos estados nacionais, dinâmicas socioprofissionais, dentre outros. Os artigos selecionados apresentam o que há de melhor nas análises históricas sobre saúde e doença em nossas regiões, e certamente são, desde já, leitura obrigatória para profissionais, professores e estudantes das áreas de saúde coletiva, história, medicina, ciências sociais e humanidades.
Cuidar, controlar, curar em perspectiva histórica: uma introdução
págs. 11-27
págs. 29-55
págs. 57-97
págs. 99-123
págs. 125-155
Fragmentos de um Mundo Oculto: práticas de cura no sul do Brasil
págs. 157-215
Saúde Imperial e Educação Popular: a Fundação Rockefeller na Costa Rica em uma perspectiva centro-americana, 1914-1921
págs. 217-248
Poder, Ideologias e Saúde no Brasil da Primeira República: ensaio de sociologia histórica
págs. 249-293
Tifo, Varíola e Indigenismo: Manuel Núñez Butrón e a medicina rural em Puno, Peru
págs. 295-329
págs. 331-391
'Queremos a Vacina Pueyo!!!' Incertezas biomédicas, enfermos que protestam e a imprensa: Argentina, 1920-1940
págs. 393-425
Estratégias Anticoloniais: sífilis, raça e identidade nacional no Brasil do entre-guerras
págs. 427-453
Doença Mental e Democracia na Bolívia: o Manicomio Pacheco, 1935-1950
págs. 455-491
“Pouca Saúde e muita Saúva”: sanitarismo, interpretações do país e ciências sociais
págs. 493-533
Mandando Doença: feitiçaria, política e mudança nos conceitos da Aids no Haiti rural
págs. 535-567
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