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Da memória individual ao retrato da experiência de época: : observações sobre o filme Que bom te ver viva, de Lúcia Murat

    1. [1] Universidade Federal de Santa Catarina

      Universidade Federal de Santa Catarina

      Brasil

    2. [2] Universidade de São Paulo

      Universidade de São Paulo

      Brasil

  • Localización: Maracanan, ISSN-e 1807-989X, Nº. 37, 2024 (Ejemplar dedicado a: Imágenes, testimonios y archivos: la representación cinematográfica de genocidios, masacres y dictaduras), págs. 223-240
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • From individual memory to the portrait of an historical experience: : notes on the documentary How good is to see you alive, by Lúcia Murat
  • Enlaces
  • Resumen
    • English

      Since a couple of years, the lives of women who have been victims of the forces of repression during the Brazilian civil-military dictatorship (1964-1985) have been a subject of memory and reflection in various formats. This paper studies a pioneering movie in such a theme, the film documentary How good is to see you alive, produced and directed by Lúcia Murat and released in the context of Brazilian redemocratization in 1989. Through eight testimonials and a monologue played by the famous actress Irene Ravache, the documentary discusses the speeches of women whose voices emerge on the screen and seeks to answer how that violent and traumatic experience can be, in their permanence in the memory of each interviewee, a witness from that present moment - thus evidencing that to talk about of a traumatic experience is to show a social wound in the subject's body. After 35 years of its release, we remain, in addition, the question about what the film tells us or can say about a gift that, as a traumatic repetition, does not stop echoing fascination with the dictatorial violence that suppresses politics and even the subject. Just note that justice was never done, since none of those involved with torture paid for the crimes it committed. The film is presented with regard to its elements and montage, and then discuss its content around three axes: testimony, motherhood and female desire, since, to such women, it is not just concerned to have been survived, but also how to continue living as a subject of democratic reconstruction, reaffirming female desire, including the one of a sexual order. It is concluded that the guilt is inseparable from the witness and thus delineates the testimony as a possibility of removal from trauma by dissolving, precisely, the repetition of guilt.

    • português

      Desde de há alguns anos as trajetórias de mulheres que foram vítimas das forças de repressão durante a ditadura civil-militar brasileira (1964-1985) vêm sendo tema de memória e reflexão em diversos formatos. Este artigo ocupa-se de um exemplar pioneiro em tal temática, o documentário cinematográfico Que bom te ver viva, produzido e dirigido por Lúcia Murat e lançado no contexto da redemocratização brasileira, em 1989. Por meio de oito depoimentos e um monólogo interpretado por Irene Ravache, o documentário discute o presente de mulheres cujas vozes emergem na tela e busca responder sobre como aquela experiência violenta e traumática pode ser, em sua permanência na memória de cada entrevistada, uma testemunha daquele momento presente - evidenciando, assim, que falar a respeito de uma vivência traumática é mostrar uma ferida social inscrita no corpo do sujeito.

      Passados 35 anos de seu lançamento, resta-nos, ademais, a pergunta sobre o que o filme nos diz ou pode dizer sobre um presente que, como repetição traumática, não para de ecoar o fascínio pela violência ditatorial que suprime a política e até mesmo o sujeito. Basta notar que a justiça de fato jamais foi feita, uma vez que nenhum dos envolvidos com a tortura pagou pelos crimes que cometeu. Apresenta-se a obra no que diz respeito a seus elementos e à montagem, para então discutir-se seu conteúdo em torno de três eixos: o testemunho, a maternidade e o desejo feminino, uma vez que, a tais mulheres, não interessa apenas ter sobrevivido, mas também como seguir vivendo como sujeito da reconstrução democrática, reafirmando-se o desejo feminino, inclusive aquele de ordem sexual. Conclui-se que a culpa é algo indissociável da testemunha e delineia-se, assim, o testemunho como uma possibilidade de afastamento do trauma ao dissolver, justamente, a repetição da culpa.


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