Francisco Buzaglo, Herculano Cachinho
No livro “As Cidades Invisíveis” Calvino refere, relativamente à cidade Zoé, que “o homem que viaja e não conhece ainda a cidade que o espera ao longo do caminho, pergunta-se como será o palácio real, o quartel, o moinho, o teatro, o bazar” (Calvino, 2000, p.36). Neste quadro, questionamo-nos como seriam as escolas em Zoé, o perfil do professor, as metodologias de ensino aprendizagem, as características das salas de aula, e a geografia ensinada. Tal como Zoé é uma criação imaginária, também as respostas às questões levantadas dependerão, certamente, da visão do criador. Valores como a harmonia com o ambiente natural, a tecnologia avançada e futurista, a personalização das abordagens de ensino, mobilizando, por exemplo, a inteligência artificial, a imaginação e a descoberta, e a integração de todos os estudantes serão cruciais. O objetivo principal deste trabalho consiste em projetar o ensino da geografia no futuro de forma a poder respeitar os valores que alicerçam a cidade de Zoé e se preparem os alunos para viverem confortavelmente na mesma. Neste registo, é nosso entendimento que assumirão particular relevância as metodologias ativas de ensino, com experiências imersivas, a figitalização dos ambientes de aprendizagem, a interatividade mobilizando a realidade virtual e a inteligência artificial. Através destas experiências espera-se que os alunos desenvolvam a paixão, a curiosidade, a criatividade e o espírito de inovação, a compreensão e empatia, e a aquisição de competências e conhecimentos significativos e transformadores.
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