Argentina
Desde sus inicios, el tango canción configuró ciertos personajes y moduló distintas voces. En este contexto, durante los años 20 del siglo XX, floreció un conjunto de composiciones conocidas como “tangos del reproche”, herederas del tono de desafío presente en la literatura gauchesca. Se describe dicho traspaso y luego se analiza el sujeto que asume la enunciación y la retórica desplegada por los tangos del reproche, según sus condiciones de circulación. Se sostiene la hipótesis de que el tango no constituyó un mero reflejo de identidades sociales preexistentes, sino que cumplió un rol activo en su producción y las presentó de manera problemática, en un marco cultural atravesado por contradicciones sociales, identitarias y políticas. La concepción de partida consiste en considerar las canciones como objetos discursivos intermediales y complejos, cuyo estudio no puede reducirse al análisis textual, dado que debe contemplar su performance y sus circunstancias de circulación.
From its beginnings, the tango song configured certain characters and modulated different voices. In this context, during the 20s in the 20th century, flourished a set of compositions known as “tangos of reproach”, inheritors of the challenge tone of the gaucho literature. This work outlines this transfer and then deals with the subject who assumes the enunciation and the rhetoric deployed by the tangos of reproach, considering their conditions of circulation. The hypothesis is that tango did not reflect preexisting social identities, but instead played an active role in its production and presented them in a problematic way, in a cultural framework crossed by social, identity and political contradictions. We maintain that songs are intermedial and complex discursive objects, whose study cannot be reduced to textual analysis, since it must contemplate its performance and its circumstances of circulation.
Desde os seus princípios, o tango cantado configurou certos personagens e modulou diferentes vozes. Nesse contexto, durante a década de 20 do século XX, floresceu um conjunto decomposições conhecidas como “tangos do reproche”, herdeiras do tom de desafio presente na literatura gaúcha. Este trabalho delineia essa transferência e depois trata do sujeito que assume a enunciação e a retórica empregada pelos tangos do reproche, considerando suas condições de circulação. A hipótese sustentada é que o tango não foi um mero reflexo de identidades sociais preexistentes, mas sim desempenhou um papel ativo na sua produção e apresentou-as de forma problemática, num contexto cultural atravessado por contradições sociais, identitárias e políticas. Partimos da concepção da canção como um objeto discursivo intermedial e complexo, cujo estudo não pode ser reduzido à análise textual, visto que deve contemplar a sua performance e as suas circunstâncias de circulação.
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