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Resumen de La reconfiguración global-local de los territorios rurales en la macro región central de Chile: de la fragmentación a la construcción de una visión de desarrollo

Camilo Arriagada Luco

  • español

    La reconfiguración rural ha sido impulsada por la industrialización y, luego por la nueva economía post industrial avanzada, donde el cambio tecnológico, desarme del estado, matriz productiva global han vertebrado regiones rural-urbanas, fenómeno muy visible en Chile. Al respecto, este artículo, en primer lugar, discute el concepto “nueva ruralidad” donde la visión de una frontera campo-ciudad es reemplazado por la diversidad de ruralidades, encuadradas en regiones donde la infraestructura de redes articula fragmentos territoriales mediante la interacción funcional, espacial, y flujos de personas, bienes y servicios. Este esquema de organización del territorio califica espacialmente bajo el concepto de regiones “desakota” donde la imagen de ciudad y campo es diferente a la modernidad y denota una lógica multi escalar y sistémica.

    Chile es un caso peculiar que debe ser explicado desde la sobre urbanización y metropolización previa que generó el desarrollismo industrial, reconfigurada después por la economía global neoliberal experimentando mutaciones profundas del paisaje, población y problemáticas socio-territoriales rurales. El estudio del segmento de localidades que clasifica bajo la idea de nueva ruralidad (localidades menores a 20 mil habitantes) contraviene la imagen de ruralidad en desaparición y, los datos del Latino barómetro 2023 comprueban la existencia de un nuevo tipo de residente rural donde la penetración de la tecnología ha sido sorprendente, pero asimismo se ha instalado un fenómeno nuevo definido por la pérdida de cohesión y la desconfianza (del estado, empresas y personas) y la sensación de una desigualdad y vulnerabilidad exacerbadas. Las conclusiones revelan la necesidad de una agenda pública multi escalar del territorio que se vertebra por regiones rural urbanas, y de una visión de futuro sostenible para distintas formas de fragmentos de nueva ruralidad emergentes.

  • English

    Rural reconfiguration has been driven by industrialisation and then by the new advanced post-industrial economy, where technological change, state disarmament, and the global productive matrix have vertebrate rural-urban regions, a very visible phenomenon in Chile. In this respect, this article, firstly, discusses the concept of “new rurality” where the vision of a rural-urban frontier is replaced by the diversity of ruralities, framed in regions where the infrastructure of networks articulates territorial fragments through functional and spatial interaction and flows of people, goods and services. This scheme of territorial organisation qualifies spatially under the concept of “desakota” regions where the image of city and countryside is different from modernity and denotes a multi-scalar and systemic logic.

    Chile is a peculiar case that must be explained by the previous over-urbanisation and metropolisation generated by industrial development, later reconfigured by the neo-liberal global economy and experiencing profound mutations in the landscape, population and rural socio-territorial problems. The study of the segment of localities classified under the idea of new rurality (localities with less than 20,000 inhabitants) contradicts the image of rurality in disappearance and, the data of the Latino barometer 2023 prove the existence of a new type of rural resident where the penetration of technology has been surprising, but also a new phenomenon defined by the loss of cohesion and mistrust (of the state, companies and people) and the feeling of exacerbated inequality and vulnerability has been installed. The conclusions reveal the need for a multi-scalar public agenda of territory that is vertebrated by rural-urban regions, and for a vision of a sustainable future for different forms of emerging fragments of new rurality.

  • português

    A reconfiguração rural foi impulsionada pela industrialização e depois pela nova economia pós-industrial avançada, onde a mudança tecnológica, o desarmamento do Estado e a matriz produtiva global vertebraram as regiões rurais-urbanas, um fenômeno muito visível no Chile. Nesse sentido, este artigo, em primeiro lugar, discute o conceito de “nova ruralidade”, em que a visão de uma fronteira rural-urbana é substituída pela diversidade de ruralidades, enquadradas em regiões onde a infraestrutura de redes articula fragmentos territoriais por meio da interação funcional e espacial e dos fluxos de pessoas, bens e serviços. Esse esquema de organização territorial se qualifica espacialmente sob o conceito de regiões “desakota”, onde a imagem da cidade e do campo é diferente da modernidade e denota uma lógica sistêmica e multiescalar.

    O Chile é um caso peculiar que deve ser explicado a partir da superurbanização e da metropolização anteriores geradas pelo desenvolvimentismo industrial, posteriormente reconfiguradas pela economia global neoliberal, experimentando profundas mutações na paisagem, na população e nos problemas socioterritoriais rurais. O estudo do segmento de localidades classificadas sob a ideia de nova ruralidade (localidades com menos de 20.000 habitantes) contradiz a imagem de ruralidade em desaparecimento e os dados do barômetro latino 2023 comprovam a existência de um novo tipo de residente rural em que a penetração da tecnologia tem sido surpreendente, mas também se instalou um novo fenômeno definido pela perda de coesão e desconfiança (do Estado, das empresas e das pessoas) e pelo sentimento de desigualdade e vulnerabilidade exacerbadas. As conclusões revelam a necessidade de uma agenda pública multiescalar do território que seja vertebrada por regiões rurais-urbanas e de uma visão de um futuro sustentável para diferentes formas de fragmentos emergentes de nova ruralidade.


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