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O covil do maligno: um diálogo entre Kant e o budismo acerca do mal no comportamento humano

    1. [1] Unioeste
  • Localización: Alamedas, ISSN-e 1981-0253, Vol. 12, Nº.1 3, 2024 (Ejemplar dedicado a: Dossiê do XXVI Simpósio de Filosofia Moderna e Contemporânea da Unioeste - Vol II), págs. 210-225
  • Idioma: portugués
  • Enlaces
  • Resumen
    • English

      Kant advocates for a deontological ethics based on human rationality that emphasizes the validity of moral principles that can be universally applied. Buddhism, a religious and philosophical system in which ethical discussion plays a central role, maintains that its ethical doctrine is grounded in an objective understanding of human nature and the most basic psychological aspects of the mind. Now, if Kant and Buddhism affirm the possibility (and necessity) of the existence of universal ethical principles based on a rational mental operation common to all humans, we should expect that, if correct, these two philosophies should converge at some point along the paths they propose, notwithstanding having arisen in different historical and cultural contexts. The aim of this work is to conduct a comparative analysis of moral thought in Kant and Buddhist scriptures in order to confront their positions on the origin of evil in human behavior. In this dialogue, the work representing Kantian thought is "Religion Within the Boundaries of Mere Reason," a text published during the maturity of the German philosopher in which he specifically addresses moral evil. Regarding Buddhism, we seek to confine ourselves to the context of Indian Buddhism, primarily drawing upon the collections of sutras in the Pāli Canon, along with Buddhist authors and scholars who assist in elucidating Buddhist concepts. Through these sources, it becomes apparent that Kant and Buddhism conceive that the existence of moral evil originates in the actions of free and rational individuals who, instead of acting in accordance with universal moral principles, choose to act based on material principles driven by egoic attachment to themselves. In seeking the root of evil, Buddhism and Kant locate it in the self-centered individual who makes self-love the criterion determining their actions. The primacy given to the self, according to the Buddha, is accompanied by desire for pleasure and indulgence which, fueled by ignorance, leads people to engage in malevolent acts tainted by greed, hatred, and delusion. Kant states that man makes the motives of self-love and inclinations thereof the condition for following the moral law, which is the cause of the malignity of human nature or the human heart. Kant and Buddhism assert that evil is always an attitude based on the individual's free will, as for Kant, nothing is morally bad except what is our own act, and Buddhism believes that negative karma is only generated when the harmful outcome of the act was already present in the agent's intention (cetana).In conclusion, we believe that this effort of confrontation contributes to opening a frank dialogue between Western and Eastern thought, which can result in mutual benefits of philosophical depth.

    • português

      Kant defende uma ética deontológica baseada na racionalidade humana que enfatize a validade de princípios morais que possam ser aplicados universalmente. O budismo, sistema religioso e filosófico no qual a discussão ética ocupa papel central, sustenta que sua doutrina ética é fundamentada na compreensão objetiva da natureza humana e dos aspectos psicológicos mais básicos da mente. Ora, se Kant e o budismo afirmam a possibilidade (e necessidade) da existência de princípios éticos universais que se baseiam em uma forma de operação mental racional que é comum a todos os homens, devemos esperar que, caso estejam corretas, essas duas filosofias deverão se encontrar em algum ponto do caminho que propuseram, não obstante terem sido gestadas em contextos históricos e culturais diferentes. O objetivo deste trabalho é realizar uma análise comparativa do pensamento moral em Kant e nas escrituras budistas, a fim de confrontar seus posicionamentos sobre a origem do mal no comportamento humano. Nesse diálogo, a obra que representou o pensamento Kantiano foi A Religião nos Limites da Simples Razão, texto publicado na maturidade do filósofo alemão e no qual dedica-se especificamente a tratar do mal moral. Quanto ao budismo, procuramos nos limitar ao contexto do budismo indiano, recorrendo principalmente às coleções de sutras do Cânone Pāli, além de autores budistas e budólogos que auxiliam na elucidação dos conceitos budistas. Através dessas fontes, é possível perceber que Kant e o budismo concebem que a existência do mal moral se origina nas ações de indivíduos livres e racionais que, ao invés de agir de acordo com princípios morais universais, escolhem agir com base em princípios materiais pautados pelo apego egoico a si próprios. Ao procurar a raiz do mal, o budismo e Kant a localizam no indivíduo centrado em si mesmo, que faz do amor-próprio o critério que determina suas ações. A primazia dada ao eu, de acordo com o Buda, é acompanhada [do desejo por] de prazer e luxúria, que, alimentado pela ignorância, induz as pessoas à prática de atos maléficos contaminados pela avidez, ódio e delusão. Kant diz que o homem faz dos móbiles do amor de si e das inclinações deste a condição do seguimento da lei moral, sendo essa a causa da malignidade da natureza humana ou do coração humano. Kant e o budismo afirmam que o mal é sempre uma atitude baseada no livre-arbítrio do indivíduo, pois para Kant nada é moralmente mau, exceto o que é nosso próprio acto, e o budismo acredita que só há geração de carma negativo quando o resultado maléfico do ato já estava presente na intenção (cetana) do agente. Enfim, acreditamos que esse esforço de confrontação contribui para a abertura de um diálogo franco entre o pensamento ocidental e oriental, o que pode resultar em benefícios mútuos de aprofundamento filosófico.


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