Isabel Cristina Theiss, Neide da Silveira Duarte de Matos
El propósito de este texto es reflexionar sobre el proceso de apropiación del método dialéctico en Marx, bajo el supuesto de que el conocimiento científico es una producción social que involucra sujetos y relaciones a lo largo de la historia. El método materialista histórico-dialéctico busca realizar una apropiación crítica racional sistematizada de la sociedad capitalista por parte del sujeto cognoscente. Este conocimiento busca aprehender la esencia detrás de la apariencia, elevándose de lo abstracto a lo concreto de los fenómenos estudiados, con el fin de desmitificar el carácter alienado y fetichizado de los hechos sociales, donde la parte solo se comprende en conexión con la totalidad sociohistórica, determinada por la interacción multifacética de las partes involucradas. A diferencia del método especulativo de la dialéctica hegeliana y del empirismo aparente del pensamiento de la economía política clásica, el método de Marx tiene como sujeto y punto de partida de la investigación la propia realidad sociohistórica. Esto significa que el materialismo dialéctico marxiano no se establece como un procedimiento subjetivista como el idealismo abstracto, que concibe lo real como el producto del desarrollo del espíritu absoluto, ni como un método objetivista del positivismo empirista, que toma al sujeto del conocimiento como pasivo y concibe la realidad como algo listo y acabado. En cuanto a las determinaciones metodológicas, Marx no nos dejó escritos sistemáticos sobre la dialéctica como un conjunto de reglas abstractas. No quería anticipar resultados en su producción teórica, evitando una postura idealista. El método de conocimiento, por lo tanto, no es un conjunto de reglas preestablecidas, sino que debe estar orgánicamente entrelazado con la realidad para explicitar la estructura inmanente de los fenómenos, sus especificidades, contradicciones y mediaciones operantes en la dinámica de la sociedad. La dialéctica marxiana presupone la comprensión de las condiciones materiales de producción de los individuos y cómo establecen relaciones sociales. Los seres humanos no pueden ser tomados como seres autónomos, independientes de sus relaciones con la naturaleza y la sociedad. Las ideas están conectadas con las condiciones sociohistóricas de existencia, y la comprensión de la dialéctica marxiana implica entender cómo los individuos producen sus representaciones e ideas, relacionándolas con sus condiciones materiales. La dialéctica es, al mismo tiempo, el movimiento del pensamiento en relación con el objeto y el movimiento específico que los fenómenos efectúan. El método dialéctico permite desmitificar las ideologías y el fetichismo, revelando las contradicciones y mediaciones presentes en la sociedad. La dialéctica marxiana busca desnaturalizar el cuadro de explotación, alienación y fetichización ideológica que encubre las contradicciones sociohistóricas. Apunta hacia la posibilidad concreta de instaurar un nuevo mundo, libre de las injusticias y desigualdades que vacían la subjetividad humana y promueven la deterioración de los recursos naturales en favor de la acumulación de capital. En resumen, el método dialéctico de Marx es un enfoque crítico y sistemático que busca comprender la sociedad capitalista, sus contradicciones y sus determinaciones inmanentes, a partir de la realidad sociohistórica y las condiciones materiales de existencia de los individuos. Esto implica una desmitificación de las ideologías y del fetichismo que encubren las relaciones sociales en la sociedad capitalista, con el objetivo de transformar esta realidad hacia un mundo más justo y equitativo.
PALABRAS - CLAVE: Marx. Materialismo histórico-dialéctico. Conocimiento.
O propósito deste texto é refletir sobre o processo de apropriação do método dialético em Marx, sob o pressuposto de que o conhecimento científico é uma produção social que envolve sujeitos e relações ao longo da história. O método materialista histórico-dialético busca fazer uma apropriação crítica racional sistematizada da sociedade capitalista pelo sujeito cognoscente. Esse conhecimento procura apreender a essência por detrás da aparência, elevando-se do abstrato ao concreto dos fenômenos estudados, a fim de desmistificar o caráter alienado e fetichizado dos fatos sociais, onde a parte só é compreendida na conexão com a totalidade sócio-histórica, determinada pela interação multifacetada das partes envolvidas. Diferente do método especulativo da dialética hegeliana e do empirismo aparencial do pensamento da economia política clássica, o método de Marx tem como sujeito e ponto de partida da investigação a própria realidade sócio-histórica. Isso significa que o materialismo dialético marxiano não se estabelece como um procedimento subjetivista, como o idealismo abstrato, que concebe o real como o produto do desenvolvimento do espírito absoluto, tampouco como um método objetivista do positivismo empirista, que toma o sujeito do conhecimento como passivo e concebe a realidade como algo pronto e acabado. No que se refere às determinações metodológicas, Marx não nos deixou escritos sistemáticos sobre a dialética como um conjunto de regras abstratas. Ele não queria antecipar resultados em sua produção teórica, evitando uma postura idealista. O método de conhecimento, portanto, não é um conjunto de regras pré-determinadas, mas deve estar organicamente entrelaçado com a realidade, para explicitar a estrutura imanente dos fenômenos, suas especificidades, contradições e mediações operantes na dinâmica da sociedade. A dialética marxiana pressupõe a compreensão das condições materiais de produção dos indivíduos e como estabelecem relações sociais. Os seres humanos não podem ser tomados como seres autônomos, independentes de suas relações com a natureza e a sociedade. As ideias estão conectadas com as condições sócio-históricas de existência, e o entendimento da dialética marxiana envolve a compreensão de como os indivíduos produzem suas representações e ideias, relacionando-as com suas condições materiais. A dialética é, ao mesmo tempo, o movimento do pensamento em relação ao objeto e o movimento específico que os fenômenos efetivam. O método dialético permite desmistificar as ideologias e o fetichismo, revelando as contradições e as mediações presentes na sociedade. A dialética marxiana busca desnaturalizar o quadro de exploração, alienação e fetichização ideológica que encobre as contradições sócio-históricas. Ela aponta para a possibilidade concreta de instaurar um novo mundo, livre das injustiças e desigualdades que esvaziam a subjetividade humana e promovem a deterioração dos recursos naturais em prol da acumulação de capital. Em resumo, o método dialético de Marx é uma abordagem crítica e sistemática, que busca compreender a sociedade capitalista, suas contradições e suas determinações imanentes, a partir da realidade sócio-histórica e das condições materiais de existência dos indivíduos. Isso implica em uma desmistificação das ideologias e do fetichismo que encobrem as relações sociais na sociedade capitalista, com o objetivo de transformar essa realidade em direção a um mundo mais justo e equitativo.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados