As iniciativas que receberam o nome de Economia Solidária (ES) surgiram na sociedade brasileira na década de 1980 e se proliferaram na década de 1990, isto é, em um ambiente de profundas mudanças do mercado de trabalho. Elas surgiram como oportunidades de gerar trabalho e renda e, assim, promover a inclusão social da parcela da população condenada ao desemprego e à pobreza. No entanto, a realidade empírica tem mostrado que os empreendimentos de Economia Solidária (EES) têm enfrentado grandes dificuldades para se manter e para se tornar sustentável. Estas dificuldades estão relacionadas à questões: econômicas - dificuldade de gerar trabalho e renda; sociais - dificuldade de promover a inclusão social; ambientais - dificuldade de solucionar questões ambientais; educacionais - dificuldades de promover o acesso dos trabalhadores à educação (considerando, inclusive, os cursos de formação profissional); culturais e ideológicas - dificuldade da ES de criar sua própria cultura e ideologia; dentre outras, como a dificuldade de acesso ao crédito e de legalização dos empreendimentos, dentre outras. Nosso objetivo neste artigo é apresentar as contradições e ambivalências da Economia Solidária, buscando mostrar os aspectos que têm contribuído para tal. Desta forma, pretendemos discutir sobre possíveis estratégias para fortalecermos os EES.
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