Estamos testemunhando na Europa Ocidental o que pode ser chamado de um “momento populista”, que emerge da proliferação de movimentos anti-establishment e sinaliza a crise da hegemonia neoliberal. Vários movimentos de resistência se ergueram contra a rejeição pós-democrática da soberania popular e as devastadoras consequências da globalização neoliberal. Porém, em vários países europeus, essas resistências foram capturadas por partidos de direita, que articularam em um vocabulário nacionalista e xenofóbico as demandas dos setores populares. Para formular uma resposta política adequada, precisamos dar uma resposta progressista para essas demandas, o que deve ser feito através de um discurso que articule em uma direção democrática as multifacetadas demandas existentes em nossas sociedades. Uma estratégia política que eu chamo de “populismo de esquerda”.
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