En el contexto de una declaración del expresidente de la Fundação Cultural Palmares, el artículo cubre las características del “bolsonarismo” y sus relaciones con determinados grupos y movimientos sociales. A partir de la sociología económica relacional, se propone que los fundamentos que sustentan la hostilidad relacional y la falta de respeto cultural hacia estos grupos se trasladen a procesos que involucran la transferencia de recursos, bienes y servicios del erario público. Concluye que existen ideas, en algunos casos traducidas en acciones prácticas, que nos permiten hablar de un interés moral y discriminatorio en la distribución de los recursos públicos, en flagrante incumplimiento de los títulos legales y poniendo en peligro los avances realizados por el Estado brasileño con respecto a las Políticas para la Promoción de la Igualdad Racial.
Discussing a statement made by the former president of the Fundação Cultural Palmares, the article covers the characteristics of “Bolsonarism” and its relations with certain political groups and social movements. Taking use of economic sociology, it is proposed that the foundations that support relational hostility and cultural disrespect against these groups are transposed into processes which involves the transfer of resources, goods and services from the public budget. It concludes that there are ideas, in some cases translated into practical actions, that allow us to speak of a discriminatory and moral interest in the distribution of public resources, in flagrant non-compliance with legal diplomas and endangering the advances made by the Brazilian State with regard to the Policies for the Promotion of Racial Equality.
Tendo como pano de fundo uma declaração de Sérgio Camargo, ex-presidente da Fundação Cultural Palmares, o artigo percorre as características do “bolsonarismo” e sua relação com determinados grupos políticos e movimentos sociais. Recorrendo à sociologia econômica, propõe-se que os fundamentos que sustentam a hostilidade relacional e desrespeito cultural com estes grupos são transpostos para processos os quais envolvem a transferência de recursos, bens e/ou serviços do erário. Conclui que há ideias, em alguns casos traduzidas em ações práticas, que nos permitem falar em um interesse discriminatório e moral na distribuição de recursos públicos, em flagrante descumprimento de diplomas legais e colocando em risco os avanços realizados pelo Estado brasileiro no que diz respeito às Políticas de Promoção da Igualdade Racial.
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