Sara Parece, Tiago Costa, Tiago Gonçalves, Paulo Rodrigues, Ricardo Resende
Para alcançar a neutralidade carbónica é essencial quantificar o impacte ambiental operacional e incorporado do ciclo de vida dos edifícios. A tecnologia BIM permite otimizar os processos da Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) como a automação detalhada da extração de quantidades dos modelos. Mas enfrenta desafios como a falta de interoperabilidade entre ferramentas BIM e ACV, a morosa edição dos dados ambientais, estratégias de modelação e gestão de informação não-específicas para este uso. Por outro lado, a ausência de dados ambientais “machine-readable” e uma linguagem comum dificultam o mapeamento entre modelo e bases de dados de ACV. O método proposto aborda estes desafios através do cálculo o Potencial de Aquecimento Global da construção, a partir de modelos classificados com o sistema de classificação português SECClasS, derivado do Uniclass. O SECClasS estabelece a ligação entre o modelo BIM e a base de dados de ACV, fornecendo uma estrutura de dados e a correspondência automática entre elementos de construção e impactes ambientais, tornando o processo expedito e rápido. A ferramenta é testada em modelos de arquitetura e estrutura de um edifício projetado pela Quadrante Engenharia, identificando como a granularidade geométrica e informativa dos modelos BIM e métodos de modelação influenciam os processos e resultados, e aponta soluções. Conclui-se que a ferramenta é viável desde as fases iniciais do projeto, permite a avaliação de modelos desenvolvidos sem necessidade de remodelar opções de construção e o processo semiautomático é contínuo ao longo do projeto, garantindo o controlo de dados e a integração com os articulados.
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