Resumen de BIM to BEM: limitações e vantagens do modelo de dados gbXML. Estudo preliminar de aplicação no Palácio Monserrate

Rita Machete, Ana Paula Falcão, M. Gloria Gomes, Rita Bento

• A utilização de modelos BIM (Building Information Modelling) na simulação energética de edifícios (BEM Building Energy Modelling) tem sido objeto de discussão no âmbito da promoção do processo de digitalização do sector da construção. A gestão eficiente das condições ambientais no interior dos edifícios é importante na gestão sustentável de edifícios em geral, sendo particularmente importante em edifícios com valor patrimonial aberto a visitas ao público, devido à necessidade de conservação do espólio exposto. Os modelos BIM permitem armazenar e manipular informações geométricas e não geométricas dos edifícios, essenciais à modelação analítica de consumos energéticos em software dedicados, como o EnergyPlus (DOE), no formato gbXML (Green Building XML) desenvolvido por Green Building. Embora o modelo de dados gbXML tenha limitações, não permitindo a transição total da complexidade geométrica e da composição técnica e material diretamente do BIM para o EnergyPlus, permite explorar elementos de origem BIM em outros softwares, como o OpenStudio. Este último possibilita, através de uma interface gráfica, criar ficheiros de input para a análise de desempenho energético de edificações mais detalhadas no EnergyPlus Este artigo aborda o problema da interoperabilidade entre os software em ambiente BIM (Autodesk Revit) e BEM (OpenStudio – EnergyPlus), apresentando as principais limitações e desafios da transferência de informação entre os diferentes modelos. O caso de estudo selecionado é o Palácio de Monserrate, obra-prima do romantismo, devido à sua importância como património cultural português e da Paisagem Cultural de Sintra, para o qual foi construído um modelo BIM com base num levantamento por varrimento laser e enriquecido com informação não geométrica.