Ricardo Santos, Pedro Ferreirinha
A utilização da metodologia BIM na reabilitação do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, desenvolvida em obra, representou um desafio na gestão e execução. Este artigo irá destacar os principais desenvolvimentos BIM: colaboração, modelação e acompanhamento. Um dos temas a referir foi a utilização de uma plataforma colaborativa, permitindo que todos os intervenientes, Dono de Obra, Projetistas, Subempreiteiros e Fornecedores de vários países (Portugal, Japão, Líbano, Itália), trabalhassem em conjunto de forma eficaz, garantindo uma comunicação fluída e um acesso fácil aos dados atualizados em tempo real. Isso otimizou o fluxo de trabalho, melhorando a tomada de decisões e reduzindo o risco de erros. Foi também explorada a aplicação de utilização de dispositivos móveis como uma ferramenta para o acompanhamento da obra, permitindo as verificações detalhadas e comparações entre o que estava a ser executado no local e o que estava preparado pela equipa BIM HCI. A utilização neste formato tornou as reuniões com o Dono de Obra e os projetistas ainda mais eficazes. O principal desafio foi a complexidade do desenvolvimento BIM da Central Térmica, que foi a parte crítica do projeto devido à falta de espaço e às exigências técnicas das várias especialidades envolvidas. A interação intensiva entre os intervenientes foi fundamental para encontrar as melhores soluções para essa área crítica, destacando-se o BIM como ferramenta para a resolução de problemas complexos. Este caso de estudo demonstra como o uso estratégico da metodologia BIM e a colaboração eficaz podem superar desafios significativos em projetos de construção.
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