Resumen de Abordagem BIM ao projeto linha circular do Metro de Lisboa – Lote 2: Escavação Cut&Cover e obras especiais
Carlos de Oliveira Martins, Joana Silva, Pedro Marques, André Henriques, Rui Tomásio
O Lote 2 do Prolongamento das Linhas Amarela e Verde do Metropolitano de Lisboa (ML) tem início na Estação Santos e apresenta um traçado que se desenvolve para sul, atravessando a Av. D. Carlos I, Rua da Esperança, Calçada do Marques de Abrantes, Rua D. Luís I e Av. 24 de Julho, até à Estação Cais do Sodré, onde termina. Permite assim ligar a atual Linha Amarela à Linha Verde, materializando, em conjunto com as Empreitada dos Lotes 1, 3 e 4, a nova Linha Circular do ML.O presente artigo introduz a utilização e o procedimento de aplicação da metodologia BIM a várias obras constituintes deste novo traçado, necessárias para materialização da Linha Circular. Entre estas, destacam‑se as diversas trincheiras Cut&Cover, a estrutura definitiva do túnel e ainda o reforço e reçalçamento de edifícios sensíveis na zona envolvente à escavação. As soluções desenvolvidas tiveram por base os diversos condicionamentos locais, característicos de uma zona fortemente urbanizada, especialmente, a existência próxima de edifícios, de diversas infraestruturas no subsolo, para além de todas as vias de comunicação que o traçado atravessa, incluindo arruamentos, faixas rodoviárias e linhas de elétrico e ferroviárias. Neste enquadramento, foram desenvolvidos vários modelos geométricos em REVIT, os quais permitiram uma melhor visualização e interpretação do planeamento das fases de construção entre obras, e em cada uma destas, bem como maximizar a compatibilização entre as diversas estruturas e infraestruturas pré‑existentes. Destacam‑‑se ainda as vantagens do recurso a esta ferramenta em vários processos relevantes em projetos desta dimensão, como a otimização do processo de estimativa de quantidades, a possibilidade de trabalho colaborativo e a partilha de informação mais fluida entre as diversas entidades envolvidas. A experiência neste projeto permitiu‑nos concluir que a integração de software especializado num ambiente colaborativo único pode ter diversas vantagens que conduzem preferencialmente a um melhor resultado de projeto e construção
