Vanessa Alejandra Cano Bermúdez
Este artículo presenta los resultados de una investigación centrada en la experiencia de habitar dos ecoaldeas en el centro de Colombia, a partir de la definición y caracterización de un tipo de corporalidad concreta que encarnan moradores, visitantes y voluntarios de dos comunidades intencionales —una de ellas de carácter religioso— en el departamento de Cundinamarca, Colombia. En tanto etnografía, se buscó la descripción densa de los discursos y prácticas del eje religioso-espiritual, los consumos conscientes y las experiencias de trabajo y educación, constituyentes de las corporalidades ecoespirituales de los tres tipos de actores que habitan estos espacios neorrurales con la intención de desaprender los mundos urbanos y aprender los de la ruralidad. En términos teóricos, se buscó la articulación entre antropología y fenomenología en una apuesta denominada antropología fenomenológica, en la que cuerpos y corporalidades no aparecen en abstracto ni desprovistos de un marco de relaciones de poder que los define y constriñe. La originalidad de esta investigación antropológica radica en ofrecer comprensiones renovadas y situadas del trabajo sobre sí mismo a partir de la confianza en el colectivo, esto es, un cuerpo social que se fortalece mediante redes y alianzas; la transformación de la cotidianidad por medio del abandono frecuente y/o permanente y voluntario de la ciudad para buscar la emulación de estilos de vida campesinos e indígenas; y la comprensión de cómo se construyen las nociones y experiencias de naturaleza-entorno, trabajo y educación en los contextos ecoaldeanos de los que deriva la modalidad contemporánea de sujeto ecoespiritual, en la integración de un ser-estar en el mundo que se resignifica a sí mismo en su relación reaprendida con el entorno, sujeto de devoción e imitación, y la vivencia religiosa-espiritual.
This article presents the results of a research study focused on the experience of inhabiting two ecovillages in central Colombia, based on the definition and characterization of a specific type of corporeality embodied by dwellers, visitors, and volunteers of two intentional communities—one of them of a religious nature—in the department of Cundinamarca, Colombia. As an ethnography, it aimed to present a dense description of the discourses and practices of the religious-spiritual axis, conscious consumptions, and experiences of work and education, constituents of eco-spiritual corporealities of the three types of actors that inhabit these neo-rural spaces seeking to unlearn the urban worlds and learn those of rurality. In theoretical terms, it sought an articulation between anthropology and phenomenology in a bet called phenomenological anthropology, in which bodies and corporealities do not appear abstract or devoid of a framework of power relations that defines and constrains them. The originality of this anthropological research lies in offering renewed and situated understandings of the work on oneself based on a trust in the collective, that is, a social body strengthened through networks and alliances; the transformation of everyday life through frequent and/or permanent and voluntary abandonment of the city to seek to emulate peasant and indigenous lifestyles; and the understanding of how notions and experiences of nature-environment, work, and education are constructed in ecovillage contexts from which the contemporary modality of eco-spiritual subject derives, in the integration of a being in the world that re-signifies itself in its re-learned relationship with the environment, the subject of devotion and imitation, and the religious-spiritual experience.
Neste artigo, são apresentados os resultados de uma pesquisa centralizada na experiência de habitar duas ecoaldeias no centro da Colômbia, a partir da definição e caracterização de um tipo de corporalidade concreta que moradores, visitantes e voluntários de duas comunidades intencionais — uma delas de caráter religioso — encarnam em Cundinamarca, Colômbia. Quanto à etnografia, busca-se a descrição densa dos discursos e práticas do eixo religioso-espiritual, os consumos conscientes e as experiências de trabalho e educação, constituintes das corporalidades ecoespirituais dos três tipos de atores que habitam esses espaços neorrurais com a intenção de desaprender os mundos urbanos e aprender os da ruralidade. Em termos teóricos, busca-se a articulação entre antropologia e fenomenologia numa aposta denominada “antropologia fenomenológica”, na qual corpos e corporalidades não aparecem em abstrato nem desprovidos de um referencial de relações de poder que os define e oprime. A originalidade desta pesquisa antropológica está em oferecer compreensões renovadas e situadas do trabalho sobre si mesmo a partir da confiança no coletivo, isto é, um corpo social que é fortalecido mediante redes e parcerias; a transformação da cotidiana por meio do abandono frequente e/ou permanente e voluntário da cidade para buscar a emulação de estilos de vida camponeses e indígenas; e a compreensão de como são construídas as noções e experiências de natureza-entorno, trabalho e educação nos contextos ecoaldeãos dos quais a modalidade contemporânea de sujeito ecoespiritual é derivada, na integração de um ser-estar no mundo que se ressignifica a si mesmo em sua relação reaprendida com o entorno, sujeito de devoção e imitação, e a vivência religioso-espiritual.
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