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Resumen de Reformar los instrumentos de política agropecuaria perjudiciales para la biodiversidad en Colombia, un objetivo estratégico

Ricardo Torres C.

  • español

    El crecimiento de la agricultura y su posible impacto perjudicial sobre la biodiversidad dependen en gran medida de los instrumentos de política por medio de los cuales se estimulan el incremento de la producción y el mejoramiento del bienestar de la población en el campo. La deforestación es uno de los motores de pérdida de biodiversidad más generalmente reconocidos y hay evidencia de que en Colombia la deforestación es causada en gran medida por la expansión de los sistemas agropecuarios a nuevas áreas.

    Sin embargo, en el proceso de formulación e implementación de instrumentos de política agropecuaria no hay suficiente comprensión de los perjuicios que estos pueden causar a la biodiversidad. La evaluación de los posibles beneficios a los que apuntan los instrumentos generalmente no considera los costos privados y sociales que resultan de la pérdida o deterioro de la biodiversidad y, por lo tanto, la obtención de los beneficios puede inducir al tiempo, como externalidad negativa, perjuicios a veces irreparables a la biodiversidad y a la sociedad.

    Prevenir este impacto negativo requiere estrategias de intervención del Estado que, más allá de los costos privados percibidos, permitan reconocer adecuadamente el valor de la biodiversidad para la sociedad, y alinear coherentemente las políticas y los instrumentos de política dirigidos al crecimiento de la producción, la productividad y los ingresos, con los objetivos de conservación y uso sostenible de la biodiversidad, dentro de un enfoque de agricultura productiva y regenerativa.

    Con este propósito, los países han asumido compromisos con el Plan Estratégico del Convenio de Diversidad Biológica (CDB), y especialmente con la meta 3 de Aichi, que busca eliminar gradualmente o reformar los incentivos, incluidos los subsidios, perjudiciales para la diversidad biológica.

    Colombia ha hecho algunos avances en esta dirección, pero aún no cuenta con un plan de acción comprensivo que tenga como objeto analizar este tipo de impacto negativo de los instrumentos de política agropecuaria, y que cuente con una metodología apropiada que posibilite la adopción de medidas o regulaciones para prevenir, corregir o eliminar los posibles perjuicios sobre la biodiversidad.

    Este artículo se propone contribuir a la discusión de un marco conceptual o analítico que permita comprender la manera como se relaciona la agricultura con la biodiversidad; a entender la forma en que los instrumentos de política que promueven la agricultura pueden propiciar perjuicios a la biodiversidad; y a determinar los elementos básicos de una metodología u hoja de ruta apropiada para incorporar los posibles costos privados o sociales que pueden ser ocasionados por un particular incentivo a la agricultura, e identificar las medidas para prevenir o eliminar estos perjuicios.

  • português

    O crescimento da agricultura e seu possível impacto prejudicial à biodiversidade dependem, em grande medida, dos instrumentos de política por meio dos quais são estimulados o aumento da produção e o melhoramento do bem-estar da população no campo. O desflorestamento é um dos motores de perda de biodiversidade geralmente mais reconhecidos e há evidências de que, na Colômbia, ele é causado, em grande parte, pela expansão dos sistemas agropecuários.

    Contudo, no processo de formulação e implementação de instrumentos de política agropecuária, não há suficiente compreensão dos prejuízos que eles podem causar à biodiversidade. A avaliação dos possíveis benefícios desses instrumentos geralmente não considera os custos privados e sociais que resultam da perda ou deterioração da biodiversidade; portanto, a obtenção dos benefícios pode induzir ao mesmo tempo, como externalidade negativa, prejuízos muitas vezes irreparáveis à biodiversidade e à sociedade. Prevenir esse impacto negativo exige estratégias de intervenção do Estado que, mais além dos gastos privados percebidos, permitam reconhecer de forma adequada o valor da biodiversidade para a sociedade e alinhar com coerência as políticas e instrumentos de política direcionados ao crescimento da produção, à produtividade e à renda, com o objetivo de conservar e usar de forma sustentável a biodiversidade, dentro de uma abordagem de agricultura produtiva e regenerativa.

    Com esse objetivo, os países vêm assumindo compromissos com o Plano Estratégico da Convenção da Diversidade Biológica, em especial com a meta 3 de Aichi, a qual busca eliminar gradualmente ou reformar os incentivos, incluindo as isenções prejudiciais para a diversidade biológica.

    A Colômbia vem avançando nessa direção, mas ainda não conta com um plano de ação compreensivo que tenha como objetivo analisar esse tipo de impacto negativo dos instrumentos de política agropecuária e que conte com uma metodologia apropriada que possibilite a adoção de medidas ou regulamentações para prevenir, corrigir ou eliminar os possíveis prejuízos para a biodiversidade.

    Neste artigo, propõe-se contribuir para a discussão de um referencial conceitual ou analítico que permita compreender a forma como a agricultura se relaciona com a biodiversidade; a entender a maneira em que os instrumentos de política que promovem a agricultura podem propiciar prejuízos à biodiversidade; a determinar os elementos básicos de uma metodologia ou caminho apropriado para incorporar os possíveis gastos privados ou sociais que podem ser ocasionados por um determinado incentivo à agricultura e identificar as medidas para prevenir ou eliminar esses prejuízos.

  • English

    The growth of agriculture and its potentially detrimental impact on biodiversity depend, to a great extent, on policy instruments that stimulate increased production and improved well-being of the population in the countryside. Deforestation is one of the most generally recognized drivers of biodiversity loss. There is evidence that deforestation in Colombia is largely caused by the expansion of agriculture and livestock systems to new areas.

    However, during the formulation and implementation process of agriculture and livestock policy instruments, there is not enough understanding of the damage they can cause to biodiversity. The assessment of the potential benefits sought by these instruments generally does not consider the private and social costs resulting from the loss or deterioration of biodiversity. Thus, the obtention of benefits might sometimes irreparably damage biodiversity and society as a negative externality.

    Preventing this negative impact requires state intervention strategies that, beyond perceived private costs, allow an adequate recognition of the value of biodiversity for society and a coherent alignment of policies and policy instruments aimed at production, productivity, and income growth, with the objectives of conservation and sustainable use of biodiversity, within an approach of productive and regenerative agriculture.

    To this end, countries have committed to the Strategic Plan of the Convention on Biological Diversity (CBD), and especially to Aichi Target 3, which seeks to phase out or reform incentives, including subsidies, harmful to biodiversity.

    Colombia has made some progress in this direction. Nevertheless, it still lacks a comprehensive action plan that analyzes the negative impact of agriculture and livestock policy instruments by using an appropriate methodology that allows adopting measures or regulations to prevent, correct, or eliminate possible damage to biodiversity.

    This article seeks to contribute to the discussion of a conceptual or analytical framework that allows an understanding of how agriculture relates to biodiversity and how policy instruments promoting agriculture can harm biodiversity; similarly, to identify the fundamental elements of an appropriate methodology or roadmap to incorporate the possible private or social costs that may be caused by a particular incentive to agriculture, as well as measures to prevent or eliminate these harms.


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