Ayuda
Ir al contenido

Dialnet


Resumen de Una ética del cohabitar para la conservación biocultural de los ríos

Ricardo Rozzi

  • español

    Durante el siglo XX, una multitud de ríos fueron bombeados, canalizados, estratificados, represados y desviados. Cursos y cuerpos de agua muy diversos (ríos, arroyos, lagos, humedales, esteros y acuíferos) se transformaron con fines de riego agrícola, energía, abastecimiento de zonas urbanas o simplemente para favorecer intereses económicos. Estas transformaciones fueron impulsadas por una mentalidad heredada de la modernidad que ha llevado a entender y explotar los ríos como meros canales de agua o fuentes de energía para centrales hidroeléctricas. Esta concepción unidimensional continúa promoviendo la conversión de los ríos en canales pavimentados y/o su obstrucción para la construcción de grandes represas hidroeléctricas en todo el mundo. En este artículo utilizo el marco conceptual de las 3H (hábitos, hábitats, cohabitantes) de mi ética biocultural para criticar el problemático hábito moderno de canalizar indiscriminadamente cursos de agua, que conduce a la proliferación de hábitats homogéneos (surcados por cursos de agua cautivos) y conlleva el sufrimiento o la eliminación de miríadas de cohabitantes. Estos incluyen tanto la exuberante diversidad biológica que habita los ríos (peces de agua dulce, insectos, plantas, algas y bacterias) como la rica diversidad cultural de comunidades humanas que cohabitan en las cuencas hidrográficas. El modelo de las 3H puede guiarnos complementariamente para proteger y regenerar conexiones de las sociedades humanas con los ríos, y transformar así no solo los hábitats biofísicos, sino también nuestra cultura simbólica y material. En el texto exploro cómo la perspectiva de mi ética biocultural sustenta y es sustentada por: i) la revalorización filosófica del concepto de meandro desarrollada por la pensadora ambiental Irene Klaver; ii) metodologías científicas innovadoras para el estudio de la biota fluvial propuestas por la ecóloga dulceacuícola Tamara Contador; iii) la reciente atribución legal de derechos bioculturales a los ríos en Colombia, Nueva Zelanda e India; y iv) expresiones de poetas indígenas y otros artistas que comunican las profundas interconexiones río-humano. Por un lado, la adopción de la ética biocultural nos exige abandonar una mentalidad unidimensional para abrazar formas ancestrales y nuevas de pensamiento sistémico, contextual, complejo y dinámico para comprender y valorar los ríos. Por otro lado, nos invita a cultivar hábitos de cuidado de los hábitats ribereños donde cohabitamos con diversos cohabitantes (humanos y otros-que-humanos) cuyo bienestar procuramos. Así, emerge una ética del cohabitar que nos orienta a valorar y defender la conservación biocultural de los ríos.

  • English

    During the 20th century, numerous rivers were pumped, channeled, stratified, dammed, and diverted. Diverse water courses and bodies (rivers, streams, lakes, wetlands, estuaries, and aquifers) were transformed for agricultural irrigation and energy purposes, supplying urban areas or simply favoring economic interests. These transformations were driven by a mentality inherited from modernity that has led to understanding and exploiting rivers as mere water channels or fuel for hydroelectric power plants. This one-dimensional mentality continues to promote the conversion of rivers into paved channels and/or their clogging by constructing large hydroelectric dams worldwide. In this article, I use the conceptual framework of the “3Hs” (Habits, Habitats, co-in-Habitants) of my biocultural ethics to criticize the problematic modern habit of indiscriminately channeling water courses, which leads to the proliferation of homogeneous habitats (crossed by captive water courses) that entail the suffering or elimination of myriads of co-inhabitants. These co-inhabitants include both the exuberant biological diversity that inhabits rivers (freshwater fish, insects, plants, algae, and bacteria) and the rich cultural diversity of human communities that co-inhabit watersheds. In addition, the “3Hs” model of my biocultural ethics can guide us to protect and/or regenerate connections between human societies and rivers, transforming not only biophysical habitats but also our symbolic and material culture. I explore how the perspective of my biocultural ethics supports and is supported by: (i) the philosophical revaluation of the concept of meander developed by environmental thinker Irene Klaver; (ii) innovative scientific methodologies to study river biota proposed by freshwater ecologist Tamara Contador; (iii) the recent legal attribution of biocultural rights to rivers in Colombia, New Zealand, and India; and (iv) expressions of indigenous poets and other artists that communicate deep river-human interconnections. On the one hand, adopting my proposed biocultural ethics requires us to abandon a one-dimensional mentality to embrace ancient and new forms of systemic, contextual, complex, and dynamic thinking to understand and value rivers. On the other, we must cultivate habits of care for riparian habitats where we co-inhabit with various co-inhabitants (humans and other-than-humans), seeking their well-being. Thus, an ethic of co-inhabitation emerges that guides us to value and defend the biocultural conservation of rivers.

  • português

    Durante o século XX, inúmeros rios foram bombeados, canalizados, estratificados, represados e transpostos. Cursos e corpos d’água muito diversos (rios, arroios, lagos, áreas úmidas, estuários e aquíferos) foram transformados para a agricultura de irrigação, energia, abastecimento de áreas urbanas ou simplesmente para favorecer interesses econômicos. Essas transformações foram impulsionadas por uma mentalidade herdada da modernidade que levou a entender e explorar os rios como meros canais de água ou combustível para a produção de energia. Essa mentalidade unidimensional continua promovendo a conversão dos rios em canais pavimentados e/ou obstrução pela construção de grandes usinas hidroelétricas em todo o mundo. Neste artigo, utilizo o referencial conceitual das “3Hs” (hábitos, hábitats, coabitantes) de minha ética biocultural para criticar o problemático hábito moderno de canalizar indiscriminadamente cursos de água que conduz à proliferação de hábitats homogêneos (singrados por cursos de água cativos) que implica o sofrimento ou eliminação de visões de coabitantes. Estes incluem tanto a exuberante biodiversidade biológica que habita os rios (peixes de água doce, insetos, plantas, algas e bactérias) quanto a rica diversidade cultural de comunidades humanas que coabitam nas bacias hidrográficas. De forma complementar, o modelo das 3Hs de minha ética biocultural pode ser um guia para a proteção ou regeneração das conexões das sociedades humanas com os rios, transformando não somente os hábitats biofísicos, mas também nossa cultura simbólica e material. Neste texto, exploro como a perspectiva de minha ética biocultural justifica e é justificada 1) pela revalorização filosófica do conceito de meandro desenvolvida pela pensadora ambiental Irene Klaver; 2) pelas metodologias científicas inovadoras para estudar a biota fluvial propostas pela ecologista dulciaquícolas Tamara Contador; 3) pela recente atribuição legal de direitos bioculturais aos rios na Colômbia, na Nova Zelândia e na Índia, e 4) pelas expressões de poetas indígenas e outros artistas que comunicam as profundas interconexões rio-humano. Por um lado, a adoção da ética biocultural nos exige abandonar uma mentalidade unidimensional para abraçar formas ancestrais e novas de pensamento sistêmico, contextual, complexo e dinâmico a fim de compreender e valorizar os rios. Por outro, devemos cultivar hábitos de cuidado dos habitats ribeirinhos onde coabitamos com diversos coabitantes humanos e outros-que-humanos, cujo bem-estar procuramos. Assim, emerge uma ética de coabitar que nos orienta a valorizar e defender a conservação biocultural dos rios.


Fundación Dialnet

Dialnet Plus

  • Más información sobre Dialnet Plus