Juan Manuel Saldivar Arellano, Luis Carlos Castro Ramírez
Las relaciones naturaleza-espiritualidad han sido tratadas desde diferentes contextos socioculturales e históricos a lo largo del globo. El objetivo de este artículo es comprender el lugar que tienen las experiencias religiosas y espirituales en el interrelacionamiento del ser humano con la naturaleza en el mundo contemporáneo. Para dar cuenta de tal interés se realiza una aproximación hermenéutica y sincrónica alrededor de los principales debates que toman lugar en este poroso escenario que indefectiblemente está atravesado por la inter y la transdisciplinariedad. El acercamiento presentado convoca argumentaciones teóricas-metodológicas y, además, estudios cuyas reflexiones y conceptualizaciones parten de casos concretos —incluidos los artículos que componen este dosier— que sitúan la relevancia y pertinencia actual de estas indagaciones en distintas geografías. Por esa vía, las discusiones y entronques conceptuales, experienciales y de formación de mundos posibles que se plantean aquí no están libres de tensiones. Esto por cuanto que las concepciones desde estos campos de estudio no siempre proveen de un decir-hacer ni son coincidentes en torno a las interrelaciones naturaleza, humanos y no-humanos. Tales fenómenos socioculturales devienen en problemáticas y retos para unas políticas públicas preocupadas por el medioambiente, las cuales en muchas ocasiones no están claramente establecidas y reclaman ser consideradas desde un pensamiento fronterizo.
Nature-spirituality relationships have been addressed from different sociocultural and historical contexts worldwide. This article aims to understand the place of religious and spiritual experiences in the interrelations between human beings and nature in the contemporary world. For this reason, the study presents a hermeneutic and synchronic approach to the main discussions occurring in this porous scenario, inevitably traversed by inter- and trans-disciplinarity. The approach presented here brings together theoretical-methodological arguments and, in addition, studies whose reflections and conceptualizations are based on concrete cases—including the articles in this dossier—that situate the relevance and current pertinence of these inquiries in different geographies. Thus, the discussions and the conceptual and experiential relationships raised here, which also comprise those relative to the formation of possible worlds, are not free of tensions, given that the conceptions provided by these fields of study do not always pose a way of saying-doing, nor do they necessarily agree on the relations between nature, humans, and non-humans. Such sociocultural phenomena become problems and challenges for public policies concerned with the environment, which, in many cases, are not well-established and need to be considered from a border-thinking perspective.
As relações natureza-espiritualidade têm sido abordadas em diferentes contextos socioculturais e históricos em todo o mundo. O objetivo deste artigo é entender o lugar das experiências religiosas e espirituais na inter-relação entre os seres humanos e a natureza no mundo contemporâneo. Para dar conta desse interesse, é feita uma abordagem hermenêutica e sincrônica em torno das principais discussões que ocorrem nesse cenário poroso que é inevitavelmente atravessado pela inter e transdisciplinaridade. A abordagem apresentada reúne argumentos teórico-metodológicos e, além disso, estudos cujas reflexões e conceitualizações se baseiam em casos concretos — incluindo os artigos que compõem este dossiê — que situam a relevância e a atualidade dessas indagações em diferentes geografias. Dessa forma, as discussões e conexões conceituais, experimentais e de formação de mundos possíveis aqui levantadas não estão livres de tensões. Isso ocorre porque as concepções desses campos de estudo nem sempre oferecem uma maneira de dizer-fazer, nem sempre coincidem com relação às inter-relações entre a natureza, os seres humanos e os não-humanos. Esses fenômenos socioculturais tornam-se problemas e desafios para as políticas públicas relacionadas ao meio ambiente, que, em muitos casos, não estão claramente estabelecidos e precisam ser considerados a partir de um pensamento fronteiriço.
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