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Doce años de soledad de los derechos de la Madre Tierra en Bolivia

    1. [1] Deutsche Welle Akademie (Alemania)
  • Localización: Naturaleza y Sociedad. Desafíos Medioambientales, ISSN-e 2805-8631, Nº. 4, 2022 (Ejemplar dedicado a: The Rights of Nature: Dialogues between Law and the Arts), págs. 142-182
  • Idioma: español
  • Títulos paralelos:
    • Doze anos de solidão dos direitos da Terra-Mãe na Bolívia
    • Twelve Years of Solitude for the Rights of Mother Earth in Bolivia
  • Enlaces
  • Resumen
    • español

      En 2010, Bolivia le otorgó derechos colectivos a la naturaleza como Madre Tierra, incluyendo el derecho a la preservación de su integridad y restauración. Con ello, el país se situó a la vanguardia de un creciente movimiento global para transformar los sistemas jurídicos de acuerdo con una nueva visión ecocéntrica. Sin embargo, estas innovaciones tuvieron una trayectoria accidentada y conflictiva. En una disputa sobre el significado y alcance de estos nuevos derechos, el Gobierno de Evo Morales, durante su primer mandato (2006-2009), impuso una interpretación limitada e instrumental del nuevo ideario. Las dos leyes aprobadas, Ley 71 de 2010 y Ley 300 de 2012, se quedaron cortas respecto a la propuesta original de una alianza entre actores indígenas y tuvieron un impacto limitado frente a una serie de paquetes legislativos que promocionaron megaproyectos y la extracción de recursos naturales. Una vez más, las demandas basadas en planteamientos jurídicos dejaron resultados prácticos muy limitados para los pueblos indígenas. Ante la ausencia de instrumentos legales efectivos que protejan sus territorios, muchas organizaciones sociales e indígenas recurren crecientemente a acciones de protesta y resistencia basadas en enfoques ecocéntricos. Las luchas por la vigencia de los derechos de la Madre Tierra remiten a tensiones irresueltas en la construcción de modelos interculturales de desarrollo y aportan valiosas reflexiones sobre el potencial de esta nueva institución para repensar la relación entre Estado, sociedad y naturaleza.

    • português

      Em 2010, a Bolívia outorgou direitos coletivos à natureza como Terra-Mãe, incluindo o direito à preservação de sua integridade e restauração. Com isso, o país se situou na vanguarda de um crescente movimento global para transformar os sistemas jurídicos de acordo com uma nova visão ecocêntrica. Contudo, essas inovações tiveram uma trajetória acidentada e conflituosa. Numa disputa sobre o significado e escopo desses novos direitos, o governo de Evo Morales, durante seu primeiro mandato (2006-2009), impôs uma interpretação limitada e instrumental do novo ideário. As duas leis aprovadas, Lei 71 de 2010 e Lei 300 de 2012, foram insuficientes no que se refere à proposta original de uma parceria entre atores indígenas e tiveram um impacto limitado ante uma série de pacotes legislativos que promoveram megaprojetos e a extração de recursos naturais. Mais uma vez, as demandas baseadas em proposições jurídicas trouxeram resultados práticos muito limitados para os povos indígenas. Diante da ausência de instrumentos legais efetivos que protejam seus territórios, muitas organizações sociais e indígenas recorrem crescentemente a ações de protesto e resistência baseadas em abordagens ecocêntricas. As lutas pela vigência dos direitos da Terra-Mãe remetem a tensões mal resolvidas na construção de modelos interculturais de desenvolvimento e contribuem com valiosas reflexões sobre o potencial dessa nova instituição para repensar a relação entre Estado, sociedade e natureza.

    • English

      In 2010, Bolivia granted collective rights to nature as Mother Earth, including the right to the preservation of its integrity and its restoration. In doing so, it was at the forefront of a growing global movement to transform legal systems following a new ecocentric vision. However, these innovations had a bumpy and conflicting trajectory. In a dispute over the meaning and scope of these new rights, the government of Evo Morales, during his first term (2006-2009), imposed a limited and instrumental interpretation of this new ideology. The two laws passed, Law 71 of 2010 and Law 300 of 2012, fell short of the original proposal of an alliance of indigenous actors and had limited impact in the face of a series of legislative packages promoting natural resource extraction and megaprojects. Once again, claims based on legal approaches have left very limited practical results for indigenous peoples. Lacking effective legal instruments to protect their territories, many social and indigenous organizations increasingly resort to protest and resistance actions based on ecocentric approaches. The struggles for the enforcement of the rights of Mother Earth refer to unresolved tensions in the construction of intercultural models of development and provide valuable reflections on the potential of this new institution to rethink the relationship between State, society, and nature.


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