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Moçambique na Rota do Jornalismo de Viagens

    1. [1] Universidade do Minho

      Universidade do Minho

      Braga (São José de São Lázaro), Portugal

  • Localización: Culturas e Turismo: Reflexões Sobre o Património, as Artes e a Comunicação Intercultural / coord. por Moisés de Lemos Martin, Rosânia da Silva, 2021, ISBN 978-989-8974-56-3, págs. 105-115
  • Idioma: portugués
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  • Resumen
    • A intensificação da circulação de pessoas depois da Revolução Industrial, quer por razões de trabalho quer por motivações de lazer, criou uma espécie de “inquietação geográfica”, um interesse generalizado por lugares aparentemente improváveis e uma especial atração por géneros narrativos que cartografam a experiência da viagem. As crónicas e notas de viajantes publicadas pela imprensa especialmente a partir do século XIX eram já um sinal evidente de que a viagem não é apenas a deslocação física entre territórios; é o intercâmbio com outras latitudes afetivas, o confronto com coordenadas sociais e culturais diversas e a expedição que atravessa as fronteiras da identidade. Ir lá e voltar para contar aos outros é, sob todas as formas, a vocação original do jornalismo. No entanto, o seu desenvolvimento profissional e articulação com a segmentação de mercados inspirou a consagração de uma forma especializada de produzir informação de interesse turístico. Apesar de, por vezes, se confundir com finalidades comerciais, o jornalismo especializado em viagens é hoje uma modalidade de jornalismo cultural, menos orientada para a notícia urgente ou para a informação internacional e mais para uma certa construção de representações do mundo que inspirem a descoberta e a exploração de lugares, de gentes, de história e do património. Por razões de proximidade histórica e linguística, pela sua riqueza natural e paisagística e pela sua diversidade cultural, Moçambique também está na rota do jornalismo de viagens de passaporte português. Destino menos frequente que o Brasil, e com atrações eventualmente menos evidentes que as do vasto território brasileiro, o extremo sudeste do continente africano também está no radar dos relatos jornalísticos de viagens. Mas como? Que representações são construídas sobre este país e que atrativos, do ponto de vista da informação, são considerados relevantes? Que imaginário tem, afinal, construído o jornalismo de viagens português sobre o território moçambicano? São estas as questões que orientam, neste texto, uma leitura de trabalhos publicados no suplemento Fugas do jornal Público. O objetivo é identificar os modos de olhar, os eventuais lugares comuns, as modulações literárias que, caracterizando o jornalismo de viagens em geral, se constituem, no caso particular de Moçambique, como uma narrativa intercultural.


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