Resumen de As águas ibéricas ao abrigo da tutela Europeia: Água mole em pedra dura?

Paula Chainho, Julia Martínez Fernández

• español

  Este trabajo presenta una visión sintética de la aplicación de la Directiva Marco del Agua en España y Portugal, a través de un análisis de los resultados relativos a distintos temas clave, como la caracterización del estado y los objetivos ambientales establecidos para las masas de agua, los programas de medidas, las relaciones presión-estado-objetivos-medidas, la participación pública y la gestión transfronteriza de las cuencas compartidas entre España y Portugal. La DMA ha constituido un motor de avances importantes en el ámbito ibérico en cuestiones como la mejora del conocimiento disponible o la implantación de caudales ecológicos, pero persisten graves deficiencias, como la frecuente preeminencia de objetivos sectoriales (hidroeléctricos, agrarios), el abuso de las excepciones o el bajo perfil de la participación pública. Además de resolver tales problemas, se deben afrontar retos como la adaptación al cambio climático, la coordinación con otras políticas sectoriales y entre administraciones y una cooperación transfronteriza más intensa. La evolución de esta cooperación transfronteriza muestra avances positivos en el sentido de una mayor coordinación y conocimiento mutuo de los recursos comunes, pero demuestra también la necesidad de un enfoque conjunto de las cuencas compartidas, para que se puedan aplicar los principios y alcanzar los objetivos de la Directiva.

• português

  Este artigo apresenta uma síntese da implementação da Directiva Quadro da Água em Portugal e Espanha, através de uma análise dos resultados para diferentes questões-chave, tais como a caracterização do estado e os objectivos ambientais estabelecidos para as massas de água, os programas de medidas, pressão-estado-objectivos-medidas, participação pública e gestão transfronteiriça das bacias partilhadas entre Espanha e Portugal. A DQA tem sido um motor do progresso significativo no âmbito ibérico, em questões como a melhoria dos conhecimentos disponíveis ou a implementação de caudais ambientais, no entanto persistem deficiências graves, como o predomínio frequente de objetivos sectoriais (hidrelétricas, agricultura), abuso na aplicação do regime de exceções ou a deficiente participação pública. Para além de solucionar estes problemas, será necessário dar resposta a desafios como adaptação às mudanças climáticas, coordenação com outras políticas setoriais e entre administrações e cooperação transfronteiriça mais intensa. A evolução desta cooperação transfronteiriça mostra avanços positivos, no sentido de haver uma maior coordenação e conhecimento mútuo dos recursos comuns, mas demonstra também a necessidade de uma abordagem conjunta às massas de água partilhadas, para que se consigam implementar os princípios e atingir os objetivos da Diretiva.