Felipe Ribeiro Gonzaga Marangoni, Adauto Gomes Barbosa
Against the degradation process in the Recife neighborhood, urban requalification projects have been drawn up since the 1970s,seeking to endow the neighborhood with new tourismand leisure facilitiesand adapt it to creative economy activities. This article analyzes the implementation of the project of area port, highlighting the equipment installed, the conflicts and contradictions regarding the use and appropriation of public space. To thisend, it discusses the plans and projects that preceded such a project, highlighting the efforts of the publics authorities and the interests of this private sector in the requalification of this neighborhood in the central area in the city. However, its conceptionis very selective, as it prioritizes middle class consumption. The appropriation of public space, on the other hand, goes against the grain, with the co-presence of “peripheral” city groups, who show that the use of public spaces isa right to the city.
Diante do processo de degradação do bairro do Recife, planos e projetos de requalificação urbana foram elaborados desde a década de 1970. Procurando dotar o bairro de novos equipamentos de turismo, lazer e adequá-lo para atividades da economia criativa, o grande projeto urbano da zona portuária foi concebido como parte da preparação da cidade para a Copa de 2014, sendo uma expressão do planejamento urbano estratégico. O presente artigo analisa a implementação do referido projeto, destacando os equipamentos implantados, os conflitos e contradições referentes ao uso e apropriação do espaço público. Para tanto, faz uma discussão sobre os planos e projetos que o antecederam, ressaltando o esforço do poder público e os interesses da iniciativa privada na requalificação desse bairro da área central da cidade. Um elemento positivo do projeto refere-se à conservação das estruturas degradadas. Porém, sua concepção é bastante seletiva, ao priorizar o consumo da classe média. Já a apropriação do espaço público vai na contramão, com a copresença de grupos citadinos “periféricos”, que deixam em evidência que o uso do espaço público é um direito à cidade
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