No decurso dos séculos XVII e XVIII, a igreja de Santa clara do Porto foi alvo de sucessivas intervenções artísticas que a converteram na “caverna de ouro” como se tornou conhecida. Elemento integrante de um convento de Clarissas fundado em 1416, o edifício foi sujeito ao fervor de renovação litúrgica vivido em toda a Cristandade Católica, que atribuiu um protagonismo muito particular à Eucaristia e à devoção ao Santíssimo Sacramento. A capela-mor foi ampliada, conheceu dois retábulos, três sacrários, duas custódias portáteis e foi completamente revestida de talha dourada. Estas transformações artísticas foram acompanhadas por outras de natureza efémera, identificadas através das fontes documentais que mencionam sumptuosas armações e monumentos eucarísticos destinados às cerimónias da Semana Santa.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados