Resumen de Perspectivas religiosas e críticas da “tradição”
- English
This article discusses ways to analyze critically the concept of tradition. Tradition is often synonymous with religion. This points to ideological dimensions of religion’s perceived relationship to the past. A discussion of “the invention of tradition” leads to three methodological recommendations for the critical stufy of tradition: tradition is relational, framed with pairs of opposing concepts; it is seen as independent from intentional agency; and its relation to the past is a strategic and ideological claim, not as an inherent feature of religions. Two examples, Candomblé and Perennialism, exemplify the contrast between religious/essentialist and critical/historical views. Essentialist perspectives see tradition as standing outside of history, where the academic study of religion/s takes the opposite view, investigating processes of inception, transmission, reception, reconfiguration and (re)invention of traditions in specific contexts. The critical study of tradition analyzes not tradition itself but dicourses about it.
- português
Este artigo discute formas de analisar criticamente o conceito de tradição. Tradição é frequentemente sinônimo de religião. Isto aponta para dimensões ideológicas da suposta relação entre a religião e o passado. Uma discussão sobre “a invenção da tradição” leva a três recomendações metodológicas para o estudo crítico da tradição: tradição é relacional, enquadrada com pares de conceitos opostos; é vista como independente de ações intencionais; e sua relação com o passado é uma reivindicação estratégica e ideológica, não como uma característica inerente das religiões. Dois exemplos, o Candomblé e o pereneismo, explicam o contraste entre perspectivas religiosas/essencialistas e críticas/históricas. As visões essencialistas veem a tradição como algo fora da história, enquanto a Ciência da Religião tem a visão oposta, investigando processos de concepção, transmissão, recepção, reconfiguração e (re)invenção de tradições em contextos específicos. O estudo crítico de tradição não analisa a tradição em si, mas os discursos sobre ela.
