Religião e política: a participação pentecostal na esfera pública brasileira

• Rodrigues, Elisa ^[1]
  1. [1] Universidade Federal de Juiz de Fora

     Universidade Federal de Juiz de Fora

     Brasil

     
• Localización: Horizonte: revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religiao, ISSN-e 2175-5841, Vol. 19, Nº. 58, 2021
• Idioma: inglés
• Títulos paralelos:
  • Religion and politics: the Pentecostal participation in Brazilian Public Sphere
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• Resumen
  • English

    This article is an attempt to briefly describe the current participation of Pentecostals in the Brazilian public sphere. I use the term tentative because it is not easy to discuss the Brazilian Religious Field and its power relations, controversies and tensions. In fact, in recent years, Pentecostal groups have shown themselves to be more visible, mainly due to social networks and communication networks on TV, radio and internet. This article is an effort to present this context based on the problem: How could Christians, especially evangelicals, support a Federal Government that defends destructive and non-social policies? How could Pentecostal believers reaffirm social inequality, through ethnic-racial hatred, the denial of gender diversity and the subjection of women to the authority of men? To answer these questions, I describe part of the debate proposed by Brazilian literature on Pentecostalism and present some of the main evangelical leaders aligned with the conservative agenda of the current federal government. Finally, I declare that the literalist hermeneutics that goes back to the texts of the Hebrew Bible do legitimate and authorizes policies of social inequality and violence against communities in situations of social and economic vulnerability.

  • português

    Este artigo é uma tentativa de descrever brevemente a atual participação dos pentecostais na esfera pública brasileira. Uso o termo tentativa, porque não é fácil discutir o campo religioso brasileiro e suas relações de poder, controvérsias e tensões. De fato, nos últimos anos, os grupos pentecostais têm se mostrado mais visíveis, principalmente devido às redes sociais e de comunicação na TV, rádio e internet. Este artigo é um esforço para apresentar esse contexto a partir do problema: como os cristãos, principalmente os evangélicos, poderiam apoiar um Governo Federal que defende políticas destrutivas e não sociais? Como podem os crentes pentecostais reafirmar a desigualdade social, por meio do ódio étnico-racial, da negação da diversidade de gênero e da sujeição das mulheres à autoridade dos homens? Para responder a essas questões, descrevo parte do debate proposto pela literatura brasileira sobre o pentecostalismo e apresento alguns dos principais líderes evangélicos alinhados à agenda conservadora do atual governo federal. Por fim, declaro que a hermenêutica literalista que remonta aos textos da Bíblia Hebraica legitima e autoriza políticas de desigualdade social e violência contra comunidades em situação de vulnerabilidade social e econômica.