O artigo objetiva analisar o pluralismo eclesial no mundo cristão, as tensões e os conflitos que aí existem, mas também as possibilidades de encontro no testemunho do Evangelho. Pelo método da análise qualitativa da bibliografia pertinente ao tema identifica, de um lado, fatores socioculturais e teológicos do pluralismo que são expressões de contradição na compreensão e vivência da fé cristã. De outro lado, aponta para elementos que podem favorecer a superação das divisões. Mostra que para isso se faz necessário um redimensionamento da leitura teológica do pluralismo de igrejas verificando as possibilidades para um reconhecimento das legítimas motivações de fé, para assumir as exigências do diálogo e para rever os pressupostos da separação dos cristãos. Como resultado, compreende-se que o pluralismo eclesial não implica diretamente apenas em divisão da igreja, mas pode expressar também possibilidades distintas da fidelidade ao Evangelho. Assim, a superação da divisão cristã não se dá pelo cancelamento de um sadio pluralismo eclesial, mas pela interação entre diferentes tradições eclesiais no testemunho da unidade da fé em Cristo, “para que o mundo creia” (Jo 17,21).
The article aims to analyze the ecclesial pluralism in the Christian world, the tensions and conflicts that exist there, but also the possibilities of meeting in the witnessing of the Gospel. By the qualitative analysis method of the available bibliography identifies, on the one hand, socio-cultural and theological factors of pluralism that are expressions of contradiction in the understanding and experience of the Christian faith. On the other hand, it points to elements that may favor to overrun of divisions. For this it is necessary a resizing of the theological reading of the pluralism of churches seeking to verify the possibilities for a recognition of the legitimate motivations of faith, assume the demands of the dialogue and strengthen the availability to review the presuppositions of the separation of Christians. As a result, it is understood that ecclesial pluralism does not directly imply only the division of the church, but can also express distinct possibilities of faithfulness to the Gospel. Thus, the overcoming of the Christian division is not due to the cancellation of a healthy ecclesial pluralism, but by the interaction between different ecclesial traditions in the testimony of the unity of faith in Christ, "for the world to believe" (Jo 17,21).
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