Brasil
This article aims to present the legitimating process of Umbanda as a religion. Umbanda is one of the Afro-Brazilian religions and, nowadays, it is present in all over the country and even in other countries. Different authors affirm that this religion appeared in the Southeast of Brazil in the beginning of the 20th century. The religious practice called “Macumba” and associated to the Black people is thought as the Umbanda’s origin. To affirm this practice as a religion some groups tried to associate it with Spiritism and to define it as an authentic Brazilian religion. Others preferred to exalt its African heritage. This article shows the different ways chosen by those groups, in the first half of the 20th century. Therefore, it presents how the academic literature approaches the conformation of Umbanda and its legitimating process. Moreover, it analyses texts produced by the umbandistas themselves.
Este artigo aborda o processo de legitimação da umbanda, uma religião afro-brasileira, presente hoje em todo Brasil e mesmo no exterior. Diferentes intérpretes apontam que essa religião surgiu no Sudeste brasileiro nas primeiras décadas do século XX. As práticas nominadas “macumba” e associadas aos negros podem ser pensadas como a origem da umbanda. O estigma do feitiço, atrelado às práticas religiosas afro-brasileiras desde o Brasil colônia, também foi a ela transposto. No intuito de afirmá-la como religião, alguns grupos buscaram uma aproximação com o espiritismo kardecista, visando um certo “embranquecimento” de suas práticas e definindo-a como “genuinamente” brasileira. Outros grupos preferiram enaltecer sua herança africana. Este artigo focaliza, assim, as vias escolhidas por diferentes grupos, especialmente, na primeira metade do século XX, para afirmar como religião práticas antes consideradas feitiço. Para tanto, apresento uma leitura crítica da literatura que aborda a conformação da umbanda, bem como seu processo de legitimação enquanto religião. Além disso, analiso textos produzidos pelos próprios umbandistas.
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