Este artigo apresenta uma proposta para a interpretação de Mateus 6.19-34 a partir da análise das formas. A atenção dada pelo autor às estruturas poéticas desta unidade textual é aqui destacada para que os textos sejam lidos de acordo com suas próprias exigências estilísticas. Além destes textos, que tratam especificamente do problema econômico dentro do grupo mateano, a estrutura dada pelo autor ao chamado sermão da montanha (caps. 5-7) também é abordada como evidência do esmero formal próprio de Mateus. Ao tratar desta pequena amostra de textos, pretende-se esboçar algumas imagens para compreender sócio-economicamente o grupo de Mateus em seu ambiente urbano na Galiléia ao final do século I, cenário que o distinguia dos seguidores de Jesus da primeira geração que eram camponeses pauperizados que se tornavam profetas itinerantes. Por fim, a exegese nos conduz à hipótese de que por suas peculiaridades o grupo mateano é forçado a reler as tradições herdadas sob novas perspectivas, onde a pobreza é uma opção obrigatória para esse novo e judaísmo-cristão citadino.Palavras-chaves: Evangelho de Mateus; Exegese; Cristianismo primitivo; Economia; Sermão da Montanha. AbstractThis article offers an interpretation of Matthew 6, 19-34 starting from the analysis of forms. The poetic structure of this textual unit is highlighted so that the texts can be read according to their own stylistic framework. Besides that text, which deals specifically with economic problems in Matthew's group, the structure of the Sermon on the Mountain (Mt 5-7) is also evidence of the formal care typical of Matthew. This little sample of texts aims to delineate some images in order to know Matthew's group, in social and economic terms, within the urban environment in Galilee by the end of the 1st century, a milieu that distinguished the group from the first generation of Christians, all of them poor farmers transformed into wandering prophets. Finally, the exegesis leads to the hypothesis that, given its personal characteristics, Matthew's group is forced into a re-reading of Christian traditions in a new perspective, in which poverty is a mandatory option to this new Jewish-Christian urban movement.Key words: Gospel of Matthew; Exegesis; Primitive Phristianity; Economy; Sermon of the Mountain.
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