Márcio Niemeyer Martins de Queiroz Guimarães
A educação médica exige disciplina, esforço e dedicação para o aprimoramento profissional, o que obedece à exigência de um conhecimento vasto, dinâmico, que inclui as (bio)tecnologias em termos de diagnósticos e terapêuticas. Entretanto, tal processo não assegura a necessidade da formação humana do profissional de saúde ao lidar, diante de uma transição demográfica abrupta de idosos com diversas comorbidades, com um aumento da expectativa de vida e o risco elevado de sobrecarga de sofrimento relacionado à saúde. Há uma carência da educação bioética na graduação, em especial, dos princípios bioéticos (não apenas relacionados à ética biomédica, deontológica) ao exigir das ações médicas uma boa comunicação, atitudes, comportamentos e, preponderantemente, para amelhor tomada de decisão. O advento de doenças crônicas e incuráveis nas últimas décadas desde o século passado vem contribuindo para fortalecer o movimento hospiceao cuidado centrado na pessoa doente, alertando uma demanda não atendida por cuidados paliativos diante das condições progressivas, avançadas e os eventos críticas. Assim, o personalismo, tendência bioética contemporânea, em consonância com os princípios dos cuidados paliativos, convoca uma formação humana em bioética ao demonstrar os desafios do cuidado com foco em doença, em meio aos conflitos gerados pela biotecnociência para atender ao cuidado amplo e integrado com foco na pessoa.
Medical education requires discipline, effort, and dedication for professional improvement, which complies with the requirement for vast, dynamic knowledge, including (bio)technologies in diagnostics and therapeutics. However, this process does not ensure the appropriate human training of health professionals to deal with an abrupt demographic transition of older people with several comorbidities as well as with an increase in life expectancy and in the risk of serious health-related suffering. There is a gap in bioethics education offered to undergraduate medical students, especially in bioethical principles (not only those related to biomedical and deontological ethics), which must be bridged before good communication, attitudes, behaviors, and, particularly, better decision-making can be demanded from medical actions. The advent of chronic and incurable diseases in recent decades has contributed to strengthening the hospice movement toward patient-centered care, highlighting an unmet demand for palliative care in the face of progressive, advanced, and critical conditions. Thus, personalism, a contemporary bioethical trend, in line with the principles of palliative care, calls for human training in bioethics by demonstrating the challenges of disease-focused care amidst the conflicts generated by biotechnoscience to provide comprehensive integrated patient-centered care.
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