Este artigo tem como objetivo compreender os aspectos envolvidos na construção de um currículo oculto, através do qual se desenvolvem aprendizagens que não foram previstas no planejamento educacional previamente estipulado. O meio pelo qual realizaremos esta análise é através do relato da experiência docente durante o Programa “Ciência e Arte nas Férias”, promovido pela Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), no primeiro semestre do ano de 2017. A interação com quatro bolsistas do ensino médio nos permitiu reflexão tendo como base o currículo oculto, a partir de suas experiências pessoais no projeto “Direitos Fundamentais, Artes e Jogos: um diálogo multidisciplinar”. A centralização do planejamento de ensino nas realidades trazidas pelas bolsistas para a sala de aula, de forma a relacionar o conteúdo do projeto com as experiências vividas, foi recompensado com o empoderamento delas sobre sua atuação política na sociedade, relativizando o capital cultural a favor das bolsistas, para que elas utilizassem sua própria cultura para pensarem o campo jurídico e se posicionarem nele enquanto sujeitos de direitos.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados