Ayuda
Ir al contenido

Dialnet


Resumen de Em torno de uma epistemologia preta

Alexandre Osaniiyi

  • Jean-Marc Lévy-Leblond, físico e professor da Universidade de Nice, França, em seu livro “O pensar e a prática da ciência: antinomias da razão”, ao se utilizar de uma analogia nada arbitrária, atestou a perspectiva etnocentrada europeia: “Se for preciso encontrar um deus para a epistemologia, que seja um Jano policéfalo” (LÉVY-LEBLOND, 2004, p. 397).Ora, ao escolher Jano, deus das portas e das estradas, senhor dos caminhos, deus romano, Lévy-Leblond está forçosamente de um lado de uma fronteira epistêmica, fazendo valer certa verdade. A analogia utilizada constitui o supostamente natural como fonte de verdade, uma verdade perspectiva e estratégica que confirma um imaginário violento e lhe dá respaldo. Trata-se da violência epistêmica do Norte.O físico francês não acionou apenas um lado. Exerceu seu poder de dizer “algo” e colocou em curso uma velha cantilena duvidosa de que os outros poderão um dia tornar-se feliz, desde que, sob a batuta de uma cultura europeia ilusoriamente superior. Deu voz a um desejo de domínio cognitivo que se expressa por meio de afirmações, aparentemente, neutras ou casuais, as quais devem ser colocadas em seu devido lugar por meio de uma problematização séria.


Fundación Dialnet

Dialnet Plus

  • Más información sobre Dialnet Plus