Ayuda
Ir al contenido

Dialnet


Resumen de Impensable, indispensable: La notion de classique dans l'herméneutique de Paul Ricoeur

Daniel Frey

  • English

    As fruitful as it is paradoxical, the notion of “classics” implies a standard of excellence that is only recognized in hindsight, a historical insertion as much as a timeless value, the authority of a tradition as well as the creative freedom of a current appropriation, the elitism of reception combined with the popularity of access. After an etymological and lexicographical synopsis, this article explores the notion of “classics” in Paul Ricoeur’s hermeneutics. Indeed, it encompasses the entire spectrum of the theory of interpretation, but also of translation and reading that can be mobilized to address this notion, ambivalent in the very use made by the author of Time and Narrative. Hermeneutics begins as “the art of understanding the classics” in the broadest sense of the term: both sacred and profane texts at the crossroads of geographical and historical horizons. Explanation and understanding, criticism and belonging, distancing and de‑distancing are all methodological dichotomies through which the idea of the multifaceted and active reception of the classics unfolds. As much as his theory, it is also Ricoeur’s practice that highlights his conception of the “classics”. Paul Ricoeur is a reader‑thinker who mediates tensions as much as he articulates the oppositions between canonical authors from which he develops his own thought. These are some of the challenges of the unthinkability and indispensability of the “classics” and of its very notion.

  • português

    Tão fecunda quanto paradoxal, a noção de clássico implica uma referência de excelência que só é reconhecida retrospectivamente, uma inserção histórica tanto quanto um valor intemporal, a autoridade de uma tradição bem como a liberdade criadora de uma apropriação actual, o elitismo da recepção aliado à popularidade do acesso. Após uma sinopse etimológica e lexicográfica, este artigo explora a noção de “clássico” na hermenêutica de Paul Ricœur. De facto, é todo o espectro da teoria da interpretação, mas também da tradução e da leitura, que pode ser mobilizado para tratar desta noção, ambivalente na própria utilização que dela faz o autor de Temps et Récit. A hermenêutica começa a ser a “arte de compreender os clássicos” no sentido lato do termo: textos sagrados e profanos na encruzilhada de horizontes geográficos e históricos. Explicação e compreensão, crítica e pertença, afastamento e desdistanciamento, são tantas dicotomias metodológicas através das quais se desenvolve a ideia do carácter plural e activo da recepção dos clássicos. Tanto quanto a sua teoria, é também a prática ricoeuriana que evidencia a sua concepção dos “clássicos”. Paul Ricœur é um leitor-pensador que mediatiza as tensões tanto quanto articula as oposições entre os autores canónicos a partir dos quais elabora o seu próprio pensamento. Estes são alguns dos desafios da impensabilidade e da indispensabilidade dos "clássicos" e da própria noção de "clássico".


Fundación Dialnet

Dialnet Plus

  • Más información sobre Dialnet Plus